Peixe, natural da região amazônica, é criado desde filhote em propriedade capixaba e vendido a diversos estados do país
Um dos maiores peixes de água doce do mundo, o pirarucu é um dos mais conhecidos habitantes da bacia amazônica, mas o que pouca gente sabe é que estes animais também já chamam o Espírito Santo de lar há bastante tempo.
Em São Mateus, a criação de pirarucus garante o sustento de muita gente, além de fazer a economia girar em todo o Estado. É o caso do piscicultor Junior Costa, que já trabalha com a criação dos peixes há 17 anos.
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Junior produz cerca de 50 a 60 mil alevinos, que são os filhotinhos do pirarucu, todos os anos na propriedade de 3,3 hectares em que vive e trabalha em São Mateus.
Como o habitat é bem diferente do natural, a alimentação dos animais precisa ser especial. Ao contrário dos peixes amazônicos, os pirarucus capixabas são tratados desde o início comendo ração.
"É um trabalho que desde o início, ele com um ou dois centímetros, a gente faz ele aprender a comer ração, lembrando que o pirarucu é um peixe carnívoro, e a gente precisa ensinar a comer ração. Se não ensinar a comer ração, o produtor não consegue fazer uma engorda comercial lá no final", explica o piscicultor.
O piscicultor já vende os peixes para diversos estados brasileiros, como São Paulo, Maranhão e Rio de Janeiro. E as intenções de negócios vão longe, para o outro lado do Atlântico, ele revela que já tem compradores interessados em países como Angola, Estados Unidos e Rússia.
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"Esse é um tamanho muito bom para o produtor, já estão com uns 20 centímetros, é um tamanho mais resistente", disse.
Conhecido como "bacalhau da Amazônia", o peixe já caiu no gosto, literalmente, de muita gente e já há restaurantes em São Paulo e até no Espírito Santo, que já servem a iguaria.
"Pode fazer moqueca, assado, em São Paulo e Vitória já tem alguns restaurantes que atendem com esse peixe. É uma carne que não tem espinhas entre os músculos, é um peixe de grande qualidade", contou.
"Se ele for preso em uma rede, for mantido lá embaixo, ele morre, tem respiração pulmonar igual a gente", disse o pisicultor.
*Com informações da repórter Laila Magesk, da TV Vitória/Record TV