Kauan Correia, Carlos Henrique Nascimento e Wellington Gomes foram vistos pela última vez no dia 18 de agosto, após um tiroteio no bairro em que as famílias moram
Após o fim da força-tarefa de buscas pelos adolescentes que desapareceram em Sooretama, no Norte do Espírito Santo, o secretário estadual da Segurança Pública, coronel Alexandre Ramalho, afirmou que as investigações não vão parar.
Em conversa exclusiva com o Folha Vitória nesta quinta-feira (31), o secretário disse que o período de buscas intensas foi maior do que o recomendado por órgãos internacionais. "Encerramos o período intenso com cães, aeronaves, Polícia Civil e Militar e bombeiros".
Entretanto, Ramalho ressaltou que, nos próximos momentos, a Polícia Civil terá que trabalhar nas investigações do caso.
"A Polícia Civil precisa trabalhar nas investigações e diante de qualquer suspeita ou situação, rapidamente mobilizamos", disse Ramalho.
Já a Polícia Civil informou que o trabalho investigativo foi iniciado desde o momento em que o desaparecimento foi comunicado às autoridades e segue em andamento por meio da Delegacia de Polícia de Sooretama, que conta com apoio da Superintendência de Polícia Regional Norte, do CIAT Norte, da Delegacia Regional de Linhares e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Linhares.
Segundo a polícia, as diligências diárias estão avançando para o deslinde da situação. Diariamente, as equipes estão na rua, não só coletando evidências, como também coletando testemunhos e provas para o inquérito policial ser finalizado, não só com a localização dos adolescentes, mas também com a responsabilização dos autores.
Em entrevista à reportagem da TV Vitória/Record TV, o irmão de Wellington, Wesley Gomes, contou que eles desapareceram após um tiroteio na região. Os três meninos, por curiosidade, decidiram ir até o local para saber mais informações sobre o ocorrido e nunca mais foram vistos.
"Teve uma troca de tiros na rua de casa. Até então, não acertou ninguém. Depois recebemos a notícia que teve outra troca de tiros. Falei com minha mãe que ia passar lá para ver o que tinha acontecido. Meu irmão e os dois meninos foram também e depois eles voltaram juntos", contou
Segundo a família, os três adolescentes não tinham problemas com ninguém, viviam em casa e aparentemente não tinham motivo para sair sem dar notícias.