De acordo com a Polícia Civil, suspeito preferiu ficar em silêncio durante seu depoimento
Um bebê de 9 meses deu entrada em uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA) na tarde do último domingo (17), em São Paulo. Ele morreu após dar entrada em um hospital na mesma cidade. A criança apresentava ferimentos por todo o corpo e sinais de estupro, o padrasto é o principal suspeito do crime.
Segundo funcionários da AMA, a criança, chamada Isaac Franca Farias de Melo, chegou acompanhada pelo padrasto, Rafael Júlio Bezerra Santos, de 26 anos.
A equipe da AMA, inclusive, acionou agentes da Guarda Civil Municipal (GCM), uma vez que o padrasto do bebê se encontrava alterado e tinha comportamento agressivo com os profissionais.
De acordo com o homem, o bebê teria se engasgado com um pedaço de pão. Apesar disso, durante os exames, não foi encontrado nada que comprovasse a alegação de engasgamento.
Uma ambulância foi acionada para levar o bebê ao hospital. Neste momento, Rafael exigiu que pudesse acompanhar o enteado durante o trajeto. Isaac chegou a dar entrada no local, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A mãe de Isaac, Gabriela França, de 21 anos, disse aos policiais que deixou o bebê com o namorado para ir trabalhar. O casal teve um relacionamento por quatro anos, se separou por três e reatou há cerca de um mês.
Segundo Gabriela, a última vez que conversou com o suspeito, foi por volta de 15h20, quando lhe deu orientações e perguntou sobre o bebê.
O irmão de Gabriela chegou à casa em que o suspeito estava com o bebê e notou manchas de sangue na cama onde Isaac costumava dormir, além disso, notou que o sobrinho tinha hematomas pelo corpo.
O laudo médico do hospital que atendeu a criança apontou que o bebê apresentava equimoses e hematomas difusos pelo corpo, lesões em dorso e escoriações na região íntima, o que serviu para a prisão em flagrante do padrasto por estupro, que causou a morte da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, Rafael preferiu ficar em silêncio durante seu depoimento.