Lagoa do Meio, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, foi coberta por plantas aquáticas aguapés. De acordo com especialistas, essa vegetação significa poluição no manancial.
Apesar de o tapete verde na água parecer parte do cenário, a realidade engana. Trata-se de aguapés, plantas aquáticas que, em grande quantidade, significa alta concentração de esgoto e de resíduos produzidos por indústrias, atividades agrícolas ou ambientes domésticos dos quais esse tipo de vegetação se alimenta. E é exatamente assim que encontra-se um trecho na Lagoa do Meio, em Linhares, no Norte do Espírito Santo,
O que chama a atenção é que a cidade é conhecida justamente por possuir o maior número de lagoas do estado, além de abrigar a maior lagoa do Brasil em volume de água doce e a segunda maior em extensão territoria
No entanto, em meio à beleza do local é possível encontrar marcas de poluição. Exemplo disso é que, entre as sujeiras, até um colchão foi jogado na lagoa, além de entulhos e outros dejetos.
Poluição em lagoa de Linhares, no Norte do ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta
De acordo com o biólogo e especialista em Meio Ambiente, Elber Tesch, as aguapés podem retirar a vida do manancial e dificultar a vida de outras espécies.
"O que não pode é deixar elas se proliferarem sem nenhum controle porque isso vai aumentar ainda mais a carga de material orgânico na lagoa e vai atrair decompositores que vão demandar o oxigênio da água e causar a mortalidade e extinção de seres vivos aeróbios, que são aqueles que precisam de oxigênio", explicou o especialista.
Para o especialista, uma das causas do problema pode ser as ligações clandestinas.
Ligações clandestinas podem ser causa de poluição em lagoa do ES, alerta especialista — Foto: Reprodução/TV Gazeta
"São ligações de tubulações de esgoto na galeria de fluviais. Então, a tubulação que deveria trazer água da chuva para a lagoa acaba trazendo também influentes sanitários", alertou o especialista.