Um médico ficou revoltado com o método usado por um professor de natação que dá aulas para seu filho em Salvador, Bahia, e o caso viralizou nas redes sociais. Ele postou um vídeo da aula e as cenas chocaram os internautas.
Na aula, o filho do médico Oduvaldo Filho, o pequeno Vinícius, de 2 anos e 5 meses, fica submerso por mais de 15 segundos ao lado do professor, que mantém tapetes flutuantes de borracha por perto da criança para usar como apoio.
A criança não consegue ficar com a cabeça para fora da água. Quando o menino é finalmente colocado em cima do tapete, começa a chorar desesperado. O pai disse que a criança passou mal e chegou a vomitar.
"Indignado com a metodologia do professor da Rede Fluir de natação infantil. Por mais de 15 segundos meu filho tenta submergir e o professor só se dá por satisfeito da sua didática de ensino infantil após a criança encher o peito de água. O pior, na minha frente. Ao questionar o que era aquilo, tenho como resposta que 'estava observando ele'? Eu também estava observando. Estava observando meu filho tentar respirar por mais de 15 segundos do lado do professor de natação", contou.
Veja o vídeo:
"A Rede Fluir repudia este triste incidente e imediatamente após conhecimento deste fato, se solidarizou com a situação, tomando todas as providências necessárias em relação ao profissional, oferecimento de assistência aos familiares e condução deste assunto junto as autoridades competentes. Destacamos que atuamos há mais de 15 anos com crianças de todas as idades, seguindo rigidamente todos os protocolos de segurança".
Menino vomitou várias vezes após aula
Segundo o médico, o filho Vinícius estava chorando muito e chegou a vomitar algumas vezes, até a noite, mas já passa bem.
"O que aconteceu com meu filho foi algo absurdo. A negligência e o despreparo do profissional de esportes. Nunca imaginei que isso iria tomar a proporção que tomou, mas que bom, porque o assunto está sendo debatido. Ele errou, errou muito com meu filho, mas ele está sendo penalizado, talvez até na consciência dele, e para mim isso basta. Basta que meu filho esteja bem", comentou em parte do depoimento publicado.
De acordo com o pai, Vinícius não irá permanecer na escola de natação, mas continuará praticando o esporte.
"Ele vai continuar nadando, brincando, sendo feliz. Eu e meu filho fomos muito prejudicados, foi um susto absurdo, mas estamos bem. O que espero é que os profissionais de esporte que trabalham com estas escolas, principalmente com crianças, entendam que mais importante do que o esporte é o cuidado, zelo e acima de tudo o amor", disse.
Folha Vitória