A petição foi protocolada na noite desta terça-feira (17) e é equivalente a 20% do lucro líquido da Vale e BHP nos últimos três anos
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e instituições do sistema de Justiça dos Estados do Espírito Santo e de Minas Gerais protocolaram pedido de condenação por danos morais coletivos contra as empresas Vale, BHP e Samarco, no valor de R$ 100 bilhões.
A petição foi protocolada na noite da última terça-feira (17) e é equivalente a 20% do lucro líquido da Vale e da BHP nos últimos três anos.
Além disso, as instituições pedem reconhecimento de danos individuais homogêneos, na forma de pagamentos de indenizações individuais aos atingidos pela tragédia.
A tragédia é considerada o maior desastre ambiental da história do Brasil e deixou 19 pessoas mortas, por meio do despejo de 44 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, causando um impacto sem precedentes à Bacia do Rio Doce.
No texto da petição, as instituições afirmam que passados 8 anos do desastre, os danos ambientais e humanos causados são indiscutíveis e que durante o período, foram acumuladas provas incontestáveis que justificam as indenizações.
"O dano coletivo se caracteriza pela privação dos serviços ambientais para as presentes e futuras gerações. Milhares de pessoas que integram grupos de categorias profissionais e econômicas localizadas em territórios dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo – TTAC e Deliberação CIF nº 58/2017 -, ficaram impossibilitadas de exercerem suas atividades e de se alimentar adequadamente em razão da poluição decorrente do desastre", consta no texto da petição.
O Folha Vitória entrou em contato com as empresas Vale, Samarco e BHP para que se posicionem sobre a petição. O espaço continua aberto e a matéria será atualizada assim que houver retorno.