Seleção de Diniz bate recordes negativos nas Eliminatórias

Um início muito bom. E uma queda de rendimento impressionante na sequência. A partida da última quinta-feira (16) contra a Colômbia, pela quinta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, foi um bom resumo do que é, até agora, a passagem de Fernando Diniz como treinador da Seleção Brasileira.

Nesta quinta, fora de casa, o Brasil perdeu de virada por 2 a 1 para a seleção colombiana, numa noite de recordes negativos para o time canarinho. Foi a primeira derrota brasileira para a Colômbia em Eliminatórias. Foi, também, a primeira vez que o Brasil sofreu duas derrotas seguidas em Eliminatórias, já que o time havia perdido para o Uruguai por 2 a 0 na rodada anterior.

Com o resultado, a Seleção Brasileira, que não vence há três jogos, é somente a quinta colocada na classificação, com sete pontos, cinco pontos atrás da Argentina, que lidera a competição.

"Óbvio que não tá bom. É olhar para as coisas boas que temos feito e manter, e melhorar as coisas ruins. Hoje foi um desafio enorme aqui. É muito difícil ganhar deles aqui. Tiveram um jogador que desequilibrou o jogo com dois gols. Temos que melhorar bastante. A gente sai daqui muito decepcionado com o resultado. O Brasil tem que jogar mais, tem que ser soberano. Mas futebol não se ganha com a camisa, tem que ser com o jogo. E hoje não fizemos o suficiente", criticou o goleiro Alisson.

Assim como no jogo desta quinta, que começou bem para o Brasil, que marcou logo cedo com Gabriel Martinelli logo aos três minutos de partida, mas levou sufoco e sofreu a virada, a passagem de Fernando Diniz pela Seleção segue o mesmo roteiro.

Depois de uma estreia animadora com goleada sobre a Bolívia por 5 a 1, a Seleção Brasileira foi perdendo rendimento. Já na partida seguinte, venceu o Peru por 1 a 0, mas sem encantar. Na sequência, só piorou: empate em casa em 1 a 1 com a Venezuela, derrota fora de casa para o Uruguai por 2 a 0 e, agora nova derrota, fora de casa, para a Colômbia.

O próximo jogo é contra a Argentina de Messi, na terça-feira (21), no Maracanã.

Como foi o jogo

Luiz Díaz foi o personagem da partida. O atacante do Liverpool, que viveu um drama com seu pai em cativeiro por 12 dias depois de ter sido sequestrado pelo grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN), marcou duas vezes de cabeça no segundo tempo e fez sua seleção conseguir algo até então inédito: ganhar do Brasil em um jogo de Eliminatórias.

Mas o início foi bem diferente. Logo aos três minutos, Gabriel Martinelli fez 1 a 0 para o Brasil, que dominou os anfitriões, com passes curtos e tramas envolventes. Vini Jr. fazia boa partida, mas deixou o campo aos 26 minutos, machucado, e foi substituído por João Pedro, ex-Fluminense.

Liderada por Luis Díaz, a seleção da Colômbia reagiu e pressionou o time brasileiro de todas as formas, parando no goleiro Alisson.

Diniz tentou corrigir seus erros no final. Colocou Endrick, que, aos 17 anos e 118 dias, se tornou o jogador mais novo a vestir a camisa amarelinha desde Ronaldo Fenômeno, em 1994, e o quarto no geral, atrás apenas de Pelé, Edu e Coutinho. Mas o garoto não teve tempo para mostrar serviço.

COLÔMBIA 2 X 1 BRASIL

Estádio: Metropolitano Barranquilla

COLÔMBIA: Vargas; Muñoz, Davinson Sánchez, Lucumi e Deiver Machado (Cristián Borja); Castaño (Lerma), Matheus Uribe (Sinisterra), James Rodríguez e Jorge Carrascal (Richard Ríos); Luis Díaz e Borre (Córdoba). Técnico: Néstor Lorenzo.

GOLS: Gabriel Martinelli, aos 3 minutos do primeiro tempo; Luis Díaz, aos 29 e aos 33 do segundo tempo

ÁRBITRO: Andrés Matonte (Uruguai).

RENDA E PÚBLICO: Não disponíveis