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Gripe levou americana a amputar quatro membros; motivo é principal causador de mortes nas UTIs

Sepse é responsável por quase 20% das mortes no mundo, segundo OMS

Por Regional ES

20/11/2023 às 06:53:39 - Atualizado há
Kristin Fox teve os quatro membros amputados após contrair gripe — Foto: Arquivo pessoal

Uma mulher teve as duas pernas e os dois braços amputados depois de contrair gripe, nos Estados Unidos. Kristin Fox, de 42 anos, chegou ao hospital com uma dor de garganta e, duas semanas depois, foi internada com sepse: disfunção de órgãos causada por infecção. Segundo a Fiocruz, esta é a principal causa de mortes dentro das unidades de tratamento intensivo (UTIs).

Kristin começou a sentir dores em março de 2020, alguns dias antes do lockdown causado pela pandemia. A americana havia sido mandada com um medicamento para gripe no dia anterior, e voltou após não conseguir se levantar sozinha. Para frear os efeitos da infecção, ela foi colocada em um coma induzido.

A mulher foi diagnosticada com pneumonia bacteriana, o que causou a falência parcial dos pulmões e dos rins. "Os médicos falaram que a minha família deveria se preparar para a perda de alguns dedos. Eu senti que estava morrendo", revelou à Fox News. Quando acordou, as pernas tinham sido amputadas abaixo dos joelhos e os braços abaixo dos cotovelos.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos estima que cerca de 1.7 milhão de americanos contraiam sepse e que a doença cause a morte de pelo menos 350 mil deles. Ao redor do mundo, a sepse, também conhecida como infecção generalizada, é responsável por quase 20% de todas as mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Depois da amputação, Kristin foi submetida a seis semanas de fisioterapia. Ela conheceu a organização 50 legs, que desenvolve próteses personalizadas. Hoje, ela usa apenas próteses de pernas. "Aprendi a viver sem os meus braços, é mais fácil. Até dirijo sem usá-los", explicou ao veículo americano.

THOMAZINE

No Brasil, são estimadas 240 mil mortes ao ano causadas por manifestações graves no organismo produzidas por uma infecção. A Fiocruz calcula que a sepse é uma das principais causas de mortalidade hospitalar, acima de infarto do miocárdio e do câncer. A mortalidade no país chega a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 40%.

Se não tratada de forma precoce e imediata, a sepse pode se espalhar pelo corpo e afetar o sistema imunológico. Para identificar a sepse, é preciso estar atento a alterações na temperatura, pressão arterial, nível de consciência, frequência cardíaca, contagem de células brancas do sangue e respiração. Sem o tratamento adequado, pode levar a parada cardíaca, falência múltipla dos órgãos e morte.


Fonte: O Globo
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