Produção de leite caiu até 40% em algumas propriedades de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo.
O calor intenso, a falta de chuva e a perda no volume de água nas represas tem prejudicado a irrigação da pastagem consumida pelo gado em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Sem um pasto de qualidade para os animais, os custos com a alimentação aumentaram.
Alguns produtores registraram queda de até 40% na produção de leite e já estão recorrendo a suplementação e outros meios para amenizar os efeitos do calor nos animais.
"Consequência do fortíssimo calor que estamos vivendo, obviamente o animal sente e a natureza sente", disse o produtor.
Calor provoca queda na produção de leite em Colatina, ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Em Povoação, no Distrito de Baunilha, no interior da cidade, a queda na produção de leite foi de 5%, e segundo, a pecuarista Karla Lievore, poderia ser ainda maior se não fosse o sistema de confinamento.
Em uma área reservada os animais contam com ventilação 24 horas e banhos que ajudam a amenizar as consequências das altas temperaturas.
Gado fica em área com ventiladores e tomam banho para não sofrer com o calor no ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta
"O sistema preza pelo conforto e bem-estar. Temos uma cama de pó de serra, os ventiladores funcionando direto e o refrescamento desses animais na sala pra ordenha", disse Karla.
O sistema reduz os impactos na produção de leite, porém, reduz a concepção dos animais que atinge cerca de 30% nos períodos mais quentes.
Produção de leite caiu no ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta"Impacta diretamente na questão reprodutiva dos animais e temos uma taxa de concepção menor nessa época do ano", disse a pecuarista.
"O Brasil importou muito leite, em especial da Argentina e Uruguai, leite barato. As grandes indústrias compraram bastante leite, estocaram e refizeram todo o seu estoque e o produtor de leite tem amargado preços baixos", disse Karla Lievore.
Leite produzido em Colatina, ES — Foto: Reprodução/TV Gazeta