Manchester City goleia o Fluminense por 4 a 0, conquista o título do Mundial de Clubes pela primeira vez e amplia o jejum de títulos para equipes brasileiras
O Brasil continua em jejum nos Mundiais de Clubes. O Fluminense, com um modelo de jogo ímpar, deixou um fio de esperança, mas esbarrou nos melhores time e técnico da atualidade. Na final do torneio, na Arábia Saudita, nesta sexta-feira (22), a dura realidade do futebol não deixou margens para dúvidas. O Manchester City se impôs do primeiro ao último minuto, física e tecnicamente, e ergueu seu primeiro troféu mundial com uma goleada por 4 a 0, comandadas por Julián Álvarez e Phil Foden.
O último time do País a ser campeão mundial foi o Corinthians, em 2012.
Esse é o quinto título mundial conquistado por uma equipe da Inglaterra. Manchester United (1999 e 2008), Liverpool (2019) e Chelsea (2021) já contavam com o troféu em sua galeria. O técnico Pep Guardiola faturou seu quarto Mundial de Clubes. O catalão já havia sido campeão duas vezes com o Barcelona (2009 e 2011) e uma com o alemão Bayern de Munique (2013).
Quando o apito inicial soou, não houve muito tempo para o sonho tricolor continuar vivo. Marcelo errou na saída de bola, Aké acertou um belo chute, Fábio desviou, a bola bateu na trave e sobrou para Julián Álvarez, que escorou para o gol aos 40 segundos de jogo. Foi o gol mais rápido da história das finais dos Mundiais de Clubes da Fifa.
O Manchester City usou como protocolo a pressão na saída de bola tricolor para forçar erros. O Fluminense também tentava recuperar a bola no seu campo de ataque. Em um erro de Ederson, foi cometido pênalti sobre Cano, mas a tecnologia flagrou impedimento do atacante argentino. Aos poucos, o time das Laranjeiras ficou mais com a bola no pé e se encontrou na partida.
O City buscou cadenciar o jogo com toques lentos na intermediária ofensiva. Com paciência, encontrou espaço na lateral esquerda da grande área. Aos 27, Rodri tocou para Foden, que cruzou rasteiro, o zagueiro Nino tentou cortar, mas acabou direcionando a bola à sua própria meta: 2 a 0.
O placar adverso tirou o ânimo do Fluminense. As chances, que eram escassas, cessaram por completo.
Na volta do intervalo, o City continuou como dono do jogo e criando muitos problemas para o Fluminense. Diniz não encontrou soluções para levar perigo. O time tricolor ficou entregue em campo. A superioridade técnica fez muita diferença, mas animicamente a equipe das Laranjeiras ficou devendo.
FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier, Nino (Marlon), Felipe Melo (Alexsander) e Marcelo (Diogo Barbosa); André, Martinelli e Ganso (Lima); Arias, Keno (John Kennedy) e Cano. Técnico: Fernando Diniz.
MANCHESTER CITY: Ederson; Walker, Stones (Gvardiol), Rúben Dias e Aké (Oscar Bobb); Rico Lewis (Kovacic), Rodri (Akanji) e Bernardo Silva; Phil Foden (Matheus Nunes), Grealish e Julián Álvarez. Técnico: Pep Guardiola.
GOLS: primeiro tempo — Julián Álvarez, aos 49 segundos, e Nino (contra) aos 27 minutos. Segundo tempo — Foden, aos 27, e Julián Álarez, aos 43 do segundo
ÁRBITRO: Szymon Marciniak (POL).