Às vésperas das celebrações de Natal, uma família da zona rural de Atílio Vivácqua, no Sul do Espírito Santo, recebeu a triste notícia do assassinato de Thielly Beneta Grechi. Mãe de três meninas, com idades de 3, 4 e 6 anos, a jovem de 26 anos foi assassinada covardemente, com três tiros nas costas.
O crime aconteceu no último sábado (23). Segundo a polícia, a equipe foi acionada para ir até a localidade de Alto São José, para averiguar uma ocorrência de homicídio, em que uma mulher teria sido executada na casa onde morava.
Ao chegarem ao local, encontraram o pai de Thielly, que relatou que a jovem teria sido morta pelo seu ex-companheiro. O homem relatou ainda que o crime teria sido presenciado por suas netas, que o avisaram do ocorrido. Buscas foram realizadas, mas o suspeito não foi localizado no momento do fato.
Mãe exemplar e filha dedicada
"Thielly nunca estava triste; estava sempre arrumada e maquiada. Você podia chegar a qualquer hora na casa dela que estava tudo arrumado, limpo e as meninas arrumadinhas. Era uma filha que cuidava de tudo para o pai, fazia tudo por ele. Cuidava do irmão como se fosse filho dela e era uma mãe que nunca vi igual na minha vida. Ela era pronta para ajudar a todos da família, era uma menina amorosa com todos, inclusive com o ex-marido, enquanto eram casados", disse.
"Ele era um cara bipolar. Tudo era motivo para arrumar uma briga e tinha muito ciúmes de todos, até com familiares. Ele não aceitava que ela trabalhasse, mas também não queria trabalhar. Todas as vezes que ela arrumava um emprego, ele começava a ameaçar ela e fazia tudo até ela pedir para sair."
Suspeito não aceitava fim do relacionamento
Diante de tantas brigas, Thielly decidiu que queria se separar, mas o suspeito não aceitou o término do relacionamento. A família diz que o homem fazia muitas ameaças, inclusive na frente das filhas.
"Nos últimos meses ela queria se separar, mas ele não queria, só falava que ia embora e não ia. Até que ela começou a trabalhar e, desta vez, passou a enfrentá-lo, falando que não ia sair do trabalho. Com isso ele fazia muitas ameaças, chegando a colocar um canivete no pescoço dela na frente das filhas, Foi aí que ela fez um boletim de ocorrência contra ele e saiu a medida protetiva. A polícia foi lá e tirou ele da casa, mas ele continua conversando com ela por telefone e ameaçando ela. Ele já estava com esse pensamento de matar ela há mais de um mês."
Preso por tráfico de drogas
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia de Polícia de Atílio Vivácqua e, para que a apuração seja preservada, detalhes não serão repassados.
Folha Vitória