Expectativa do Ministério da Saúde é disponibilizar 460 mil doses. Aplicação será por grupos e regiões prioritárias, mas os critérios e o calendário ainda serão definidos
A população brasileira poderá receber a vacina contra dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro.
Segundo a pasta, a vacina não será disponibilizada em larga escala em um primeiro momento. Isso porque o laboratório Takeda, fabricante da vacina, informou que tem uma capacidade restrita de fornecimento de doses.
A expectativa do Ministério da Saúde é disponibilizar 460 mil doses em fevereiro. Nos primeiros meses, a vacinação será focada em público e regiões prioritárias.
A Qdenga, como a vacina é conhecida, foi incorporada no calendário do SUS pelo Ministério da Saúde em dezembro. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec).
"O Ministério da Saúde avaliou a relação custo-benefício e a questão do acesso, já que em um país como o Brasil é preciso ter uma quantidade de vacinas adequada para o tamanho da nossa população. A partir do parecer favorável da Conitec, seremos o primeiro país a dar o acesso público a essa vacina, como um imunizante do SUS", explicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Em 2023, o Espírito Santo registrou o maior número de mortes provocadas pela doença desde 2014. Ao todo, foram registrados 97 óbitos nos municípios capixabas.
Conforme a atualização mais recente dos boletins da Secretaria de Saúde do Estado, Foram notificados 190.108 casos de dengue no Estado até a semana epidemiológica 51, que se encerrou em 23 de dezembro.
O imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com indicação para prevenção de dengue causada por qualquer sorotipo do vírus para pessoas de 4 a 60 anos, independentemente de exposição prévia.