A jovem de 26 anos foi morta com três tiros nas costas dentro da residência em que morava. O crime aconteceu na frente das filhas dela, de 3, 4 e 6 anos
O suspeito de assassinar Thielly Beneta Grechide no dia 23 de dezembro, na localidade de Alto São José, zona rural de Atílio Vivácqua, na região Sul do Espírito Santo, se entregou à polícia na tarde do último domingo (7) e foi preso.
A jovem de 26 anos foi morta com três tiros nas costas dentro da residência em que morava. O crime aconteceu na frente das filhas do casal, de 3, 4 e 6 anos.
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Segundo a Polícia Civil, o homem de 30 anos se apresentou na Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim acompanhado de advogado.
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Ele já foi encaminhado ao sistema prisional e o inquérito policial será concluído nos próximos dias, com o indiciamento pelo crime de feminicídio.
"Assim que tomou conhecimento do fato, a equipe da Delegacia de Polícia (DP) de Atílio Vivácqua deu início à investigação e, com a confirmação da identidade do suspeito, representamos pela prisão temporária dele, que foi decretada pela Justiça. Desde então, temos realizado diligências com o objetivo de capturá-lo. Sem ter como fugir e ciente do mandado de prisão, ele se apresentou ao plantão da Delegacia Regional", afirmou o titular da delegacia de Atílio Vivácqua, delegado Marcelo Meurer.
Ao chegarem ao local, encontraram o pai de Thielly, que relatou que a jovem teria sido morta pelo seu ex-companheiro. O homem relatou ainda que o crime teria sido presenciado por suas netas, que o avisaram do ocorrido. Buscas foram realizadas, mas o suspeito não foi localizado no momento do fato.
Segundo familiares, a jovem e o suspeito ficaram juntos por quase 8 anos, tiveram três filhas e o relacionamento foi marcado por ciúmes e muitas brigas. Neste período, o suspeito chegou a ser preso e, mesmo assim, Thielly fazia tudo o que podia para ajudá-lo.
"Ele era um cara bipolar. Tudo era motivo para arrumar uma briga e tinha muito ciúmes de todos, até com familiares. Ele não aceitava que ela trabalhasse, mas também não queria trabalhar. Todas as vezes que ela arrumava um emprego, ele começava a ameaçar ela e fazia tudo até ela pedir para sair", contou uma familiar.
"Nos últimos meses ela queria se separar, mas ele não queria, só falava que ia embora e não ia. Até que ela começou a trabalhar e, desta vez, passou a enfrentá-lo, falando que não ia sair do trabalho. Com isso ele fazia muitas ameaças, chegando a colocar um canivete no pescoço dela na frente das filhas, Foi aí que ela fez um boletim de ocorrência contra ele e saiu a medida protetiva. A polícia foi lá e tirou ele da casa, mas ele continua conversando com ela por telefone e ameaçando ela. Ele já estava com esse pensamento de matar ela há mais de um mês."