Dos 30 deputados estaduais, ao menos 15 são cotados para disputar as eleições municipais deste ano. De Norte a Sul do Estado, os parlamentares já estão se movimentando para enfrentar o teste das urnas em outubro, que vai eleger ou reeleger prefeitos em todo o País.
LEIA TAMBÉM: 11 cidades do ES estão com mais de 2,4 mil vagas de emprego abertas; saiba como se candidatar
Alguns já se colocam como pré-candidatos e se articulam politicamente: trocando ou buscando trocar de partidos, tentando compor alianças e mirando a artilharia – principalmente da tribuna da Assembleia – nos adversários.
Outros atuam nos bastidores e falam que só irão decidir e anunciar se serão ou não candidatos entre março e abril. Há também os que estão fazendo muito barulho agora, mas que tendem a desistir ou compor com alguém na reta final.
O pleito mais cobiçado, como já era de se esperar, é o de Vitória. Seis deputados estaduais querem ser prefeitos da Capital do Estado. Alguns fazem parte do mesmo grupo político, o que leva a crer que esse número deve se afunilar.
O atual prefeito, Lorenzo Pazolini (Republicanos) deve tentar a reeleição e há outros nomes correndo por fora também. Na eleição de 2020, 14 candidatos disputaram a Prefeitura da Capital e entre os cotados desse ano alguns já foram até "lançados" por seus respectivos partidos.
Serra também não fica para trás. Há pelo menos três parlamentares cotados para a disputa do maior município do Estado. Lá também o atual prefeito, Sergio Vidigal (PDT), deve disputar a reeleição. E, caso não dispute, deve querer fazer um sucessor do seu partido. Na eleição de 2020, foram nove concorrentes.
Fora da Grande Vitória, Cachoeiro também é bastante cobiçado. O atual prefeito, Victor Coelho (PSB), já está em seu segundo mandato consecutivo, o que significa que vai precisar passar o bastão.
Na Assembleia, ao menos dois deputados estaduais se movimentam para disputar a capital secreta. Um terceiro, que já foi prefeito do município, deve valorizar, a peso de ouro, seu apoio. Foram 12 candidatos na eleição de 2020.
Oficialmente, a campanha eleitoral só estará liberada após as convenções partidárias, quando são definidos os candidatos de cada partido – esse ano ocorrem de 20 de julho a 5 de agosto.
Assistente social e deputada de 1º mandato, já foi vereadora de Vitória e teve a pré-candidatura à prefeita de Vitória aprovada no congresso estadual do partido, em setembro do ano passado.
Militar, está em seu 2º mandato de deputado estadual e já foi deputado federal. Foi lançado como pré-candidato a prefeito de Vitória em julho do ano passado.
Partido: PSD
Graduado em Direito, cumprindo o 2º mandato de deputado estadual, já foi vereador de Vitória por três mandatos e mudou de partido (do Cidadania para o PSD) com a garantia de disputar o comando da Capital.
Partido: PT
Formado em Direito, cumpre o 3º mandato como deputado estadual, já foi deputado federal por dois mandatos e prefeito de Vitória por dois mandatos também. É a aposta do PT para Vitória.
Partido: PSDB
Advogado, está no 1º mandato de deputado estadual e já foi vereador de Vitória. Faz parte de um partido que tem outros nomes na corrida pela Prefeitura de Vitória. Decide em fevereiro se concorre ou não.
Partido: PSB
Economista, cumpre o 1º mandato na Assembleia e já foi secretário estadual em duas pastas. O partido, que é o mesmo do governador, reforçou sua pré-candidatura em dezembro passado.
Partido: Podemos
Administrador, está em seu segundo mandato de deputado estadual, após ser eleito duas vezes também vereador da Serra. É aliado do atual prefeito Sergio Vidigal, mas se articula para a disputa.
Partido: PSDB
Administrador, está no 4º mandato consecutivo de deputado estadual, tendo experiência também como secretário de Estado. Embora se articule, vai decidir em abril se disputa ou não.
Partido: Republicanos
Formado em Educação Física, está em seu 1º mandato como deputado estadual e em 2020 também tinha sido eleito ao cargo de vereador da Serra. Seu partido confirma sua pré-candidatura.
Partido: PL
Produtor agropecuário, está em seu 1º mandato como deputado estadual e antes foi, por duas vezes, vereador de Guarapari. Busca trocar de partido para poder concorrer nas eleições deste ano.
Partido: Podemos
Formado em Ciências Contábeis, está em seu 1º mandato como deputado estadual após ter sido eleito duas vezes como vereador de Cachoeiro. Agora, tentará a prefeitura.
Partido: União Brasil
Médico, cumpre seu 1º mandato como deputado estadual, após ter sido diretor clínico do Hospital Evangélico de Cachoeiro. Tem colocado o nome à disposição para a disputa.
Partido: Podemos
Advogado, cumpre seu 1º mandato de deputado estadual, tendo experiência na gestão de Linhares por duas passagens como secretário de Meio Ambiente. Diz ter apoio do partido para a disputa.
Partido: Republicanos
Bacharel em Direito, cumpre seu 1º mandato como deputado estadual e já foi vereador de Colatina por quatro mandatos e prefeito do município, não disputando a reeleição. Define se será ou não candidato em março.
Partido: Republicanos
Advogado, cumpre o 1º mandato como deputado estadual, após ter sido eleito vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Aracruz. Diz ter apoio do partido para a disputa majoritária.
Embora os 15 deputados citados estejam entre aqueles que têm feito articulações para viabilizar o próprio nome na disputa, há aqueles que podem, lá na frente, decidir disputar também.
Um deles é o deputado Adilson Espíndula (PDT) que pode ser candidato a prefeito de Santa Maria de Jetibá, seu reduto eleitoral. Em contato com a coluna, ele disse que deve decidir se disputa ou não o comando de sua terra natal em março.
O deputado Theodorico Ferraço (PP) também é sempre lembrado nas disputas de Cachoeiro, Itapemirim e Marataízes. Não há, ainda, indícios de que ele possa disputar, mas por conta de sua força política no Sul do Estado, deve participar e influenciar o jogo.
Os deputados Dary Pagung (PSB) e Hudson Leal (Republicanos) são também nomes lembrados para as disputas de Baixo Guandu e Vila Velha, respectivamente. Mas também não há sinais, nem em seus partidos, de que possam disputar. Eles foram procurados, mas não retornaram ao contato da coluna.