Polícia Medida protetiva

Polícia não sabe por que medida protetiva pedida por enfermeira não chegou à Justiça

A Polícia Civil tenta descobrir se a falha no sistema impediu o registro de ser feito ou por que o pedido, caso tenha sido realizado, não chegou ao Judiciário

Por Regional ES

20/01/2024 às 09:30:38 - Atualizado há
Foto: Reprodução / Instagram

A Polícia Civil está investigando o motivo pelo qual o pedido de medida protetiva, protocolado por Íris Rocha, de 30 anos, contra o então namorado, Cleilton Santana dos Santos, de 27 anos, não tramitou. O suspeito de assassinar a jovem a tiros foi preso.

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Segundo informações obtidas pelo Folha Vitória, a enfermeira foi até uma unidade policial, no dia 5 de outubro de 2023 e registrou um boletim de ocorrência após sofrer um mata-leão. Mas o pedido de medida protetiva não tramitou.

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A Polícia Civil tenta descobrir se a falha no sistema impediu o registro de ser feito ou por que o pedido, caso tenha sido realizado, não chegou ao Judiciário.

Por meio de uma nota, a corporação informou nesta sexta-feira (19) que, na data em que o pedido foi solicitado, o sistema conhecido como PJe (Processo Judicial Eletrônico) estava passando por transições para se tornar completamente eletrônico.

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Com isso, a comunicação entre o Processo Judicial Eletrônico e a Polícia Civil pode ter registrado alguma falha.

"Essas mudanças podem ter causado alguma falha no processo de tramitação. A Polícia Civil está investigando rigorosamente as razões pelas quais a medida protetiva não foi devidamente encaminhada", diz a Polícia Civil em nota.
THOMAZINE

O Folha Vitória procurou o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) para saber se algum pedido de medida protetiva em nome da enfermeira deu entrada, mas não houve resposta. Assim que houver a devida manifestação, este texto será atualizado.

Enfermeira narrou agressões para amiga

Após um dos abusos, a enfermeira Íris Rocha denunciou em áudio enviado para uma amiga a agressão física que sofreu. Na mensagem, ela narra que "apagou e acordou no chão cuspindo sangue".

No boletim de ocorrência, ela revelou estar grávida de 15 semanas e eles já estavam namorando havia cinco meses.

Com a agressão, Íris desmaiou, "perdendo os sentidos", e acordou tempo depois com sangue saindo pelo nariz. Cleilton, nesse momento, passou a pedir desculpa pelo que havia feito.

"Eu acordei meio assim e ele me ajudou depois. Pediu desculpas e se arrependeu. Acho que ele ficou preocupado pelo que fez. E eu consegui vir trabalhar agora", descreve a vítima à amiga no áudio.


Fonte: Folha Vitória
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