Em 2023, o Produto Interno Bruno do Espírito Santo avançou 5,7%, quase o dobro da média nacional, que cresceu 2,9%. Os dados do Instituto Jones dos Santos Neves apontam que os setores industrial, varejista e de serviços foram os principais impulsionadores desse desempenho positivo.
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No entanto, a agropecuária apresentou um recuou 3,5% em relação ao ano anterior, principalmente devido ao desempenho da agricultura, que teve uma queda de 7%. Na produção agrícola capixaba, seis culturas apresentaram crescimento na produção, enquanto outras quatro tiveram uma queda considerável. Entre as 10 principais atividades, a produção de cacau foi a mais representativa, com o aumento de 11,7%, enquanto o café arábica teve uma queda de 24,7%.
Em 2023, houve queda na produção de café, mamão e cana-de-açúcar
Em relação às principais culturas agrícolas do Espírito Santo, houve um aumento considerável na produção de seis delas. Além do cacau (11,7%), o coco (8,3%), a mandioca (4,2%), a pimenta-do-reino (3,2%), a banana (2,9%) e o tomate (0,4%) também apresentaram crescimento na produção.
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Por outro lado, outras quatro culturas apresentaram uma queda na produção, incluindo a principal atividade agrícola do Espírito Santo, o café. O maior recuo foi observado na produção de café arábica, que reduziu em 24,7%, seguido do mamão (-17,5%), do café conilon (-11,1%) e da cana-de-açúcar (-0,5%).
Um dos pontos de destaque foi a queda na produção de café, influenciada por eventos climáticos adversos, como períodos prolongados de estiagem e chuvas em excesso em alguns momentos nas principais regiões produtoras. No caso do café arábica, a bienalidade negativa também contribuiu para os prejuízos.
"No agronegócio, dos 10 principais produtos capixabas, seis apresentaram crescimento, como coco, cacau, mandioca, tomate, pimenta-do-reino e banana. Enquanto quatro apresentaram queda, incluindo os cafés conilon e arábica, mamão e cana-de-açúcar. Notavelmente, o nosso café, que é o principal produto da nossa agricultura, enfrentou dificuldades em 2023. O café arábica estava em um ano de bienalidade negativa e o conilon passou por eventos climáticos adversos", explicou o diretor-geral do IJSN, Pablo Lira.
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No geral, o crescimento de 5,7% no PIB do Espírito Santo foi impulsionado principalmente pelo setor industrial. O crescimento foi atribuído pelo aumento de 20,5% na produção da indústria extrativa, refletindo os aumentos na extração de petróleo (23,2%) e gás natural (22,7%), além da pelotização de minério de ferro pela Vale (31,7%) e Samarco (11,6%). No entanto, a indústria de transformação recuou 3,6%.
Também houve um crescimento na indústria alimentícia. Pablo Lira, diretor-geral do IJSN, avalia que o avanço também foi puxado por empresas que atuam no agronegócio.
"Destacamos o crescimento da indústria alimentícia, especialmente as atividades da Garoto, considerada a maior fábrica de chocolates da América Latina, durante o período de produção para a Páscoa. Além disso, observamos o aprimoramento e a agregação de valor na base do agronegócio, com indústrias como a fabricação de café solúvel e café instantâneo em expansão, junto com as empresas tradicionais de café do estado", explicou Lira.
Folha Vitória