PolĂ­tica Urnas eletrônicas

Polícia Federal e universidade fazem teste de segurança em urnas eletrônicas

Urnas eletrônicas passam pelos Ășltimos testes antes das eleições municipais, que acontecem em 6 de outubro

Por Regional ES

15/05/2024 às 11:46:39 - Atualizado hĂĄ
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Investigadores da PolĂ­cia Federal (PF) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) realizam nesta quarta-feira (15) os Ășltimos testes de segurança na urna eletrônica antes das eleições municipais deste ano, que estão marcadas para 6 de outubro, com eventual segundo turno em 27 de outubro.

Até a próxima sexta-feira (17), na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as equipes farão uma série de testes de confirmação para verificar se falhas encontradas no ano passado foram corrigidas.

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O chamado Teste PĂșblico de Segurança (TPS) faz parte de cada ciclo eleitoral. Em anos não eleitorais, é aberto um edital para que qualquer interessado se inscreva a fim de examinar os códigos-fonte e realizar ataques para encontrar vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação.

No atual ciclo eleitoral, o TPS foi realizado entre 27 de novembro e 2 de dezembro do ano passado, quando 33 investigadores, incluindo seis investigadoras, executaram 35 planos de ataques contra as urnas, após ter acesso ao código-fonte de todos os sistemas de votação.

Na ocasião, uma comissão avaliadora selecionou cinco inconsistĂȘncias encontradas que deveriam ser trabalhadas pelo TSE para serem examinadas novamente no teste iniciado agora.

Segundo o relatório do TPS, os ataques realizados no ano passado não conseguiram fragilizar a integridade ou o sigilo do voto, mas encontraram possĂ­veis falhas, por exemplo, na inicialização da urna, com a ocorrĂȘncia de uma mensagem de erro não prevista.

Outra falha imprevista foi encontrada pela PF no procedimento de carga da urna, quando são inseridas as informações sobre os candidatos e o eleitorado, por exemplo. A equipe formada por um professor e trĂȘs alunos da UFMS encontrou ainda duas falhas envolvendo o controle e privilégios de acesso de aplicações executadas na urna.

"As nossas equipes técnicas se debruçaram sobre esses achados, melhoraram esses temas e aqui, neste teste de confirmação, apresentamos os dois códigos-fonte, o que tĂ­nhamos antes e as melhorias que foram feitas", explicou o secretĂĄrio de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente.


O diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, descreveu o TPS como "fundamental para o sistema eleitoral, pois possibilita essa transparĂȘncia e essa evolução constante". Cada achado dos investigadores "se transforma em evolução", completou.

Durante o teste de confirmação, serão executados os firmwares (programas de controle do hardware) e as mĂ­dias dos modelos 2022 e 2020 da urna eletrônica.

Serão testados:

  • Gerenciador de dados, aplicativos e interface com a urna eletrônica;
  • Software de carga;
  • Software de votação;
  • Sistema de apuração;
  • Kit JE-connect; entre outros.

Também participam dos testes de confirmação sete pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). "Os acadĂȘmicos darão suporte às investigadoras e aos investigadores durante a execução dos planos de reteste", informou o TSE.



Fonte: Folha Vitória / AgĂȘncia Brasil
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