Economia Espírito Santo

Estiagem no ES: setor agrícola busca alternativas para uso racional de água

O Espírito Santo declarou Estado de Atenção devido à ameaça de escassez hídrica nos rios do estado

Por Regional ES

17/07/2024 às 12:21:16 - Atualizado há
Foto: Divulgação

Com a ameaça de escassez hídrica no Espírito Santo, o setor agrícola recebeu uma série de recomendações do Estado para o uso racional da água. Além das recomendações, ações como construções de barragens e a compra de equipamentos para armazenar alimentação de gados são realizadas pelo setor.

O Espírito Santo declarou Estado de Atenção devido à ameaça de escassez hídrica nos rios do estado. Foram feitas recomendações para os moradores, indústria e agricultura para o uso racional da água.

A resolução com as recomendações foi publicada pela Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) na terça-feira (16), no Diário Oficial.

As barragens serão utilizadas para eliminar a insegurança hídrica da população que sofre nos períodos de secas.

Em São Roque do Canaã, está em construção a barragem de São Dalmácio, com previsão de inaugurar até o final deste ano. O investimento é de mais de R$ 7,6 milhões.

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No início deste mês de julho, foi autorizada o início da construção da barragem no rio Piraquê-Açu, localizado na sede do município de Aracruz, com investimento de R$ 30,5 milhões e capacidade de armazenamento de um milhão de metros cúbicos de água em uma área alagada de 29 hectares.

Em maio, o Governo do Estado autorizou o início das obras de construção da Barragem Córrego Ribeirão Floresta, no distrito de Burarama, em Cachoeiro de Itapemirim. A obra terá um investimento superior a R$ 1,4 milhão e terá capacidade de armazenamento de 25 mil metros cúbicos de água em uma área alagada de 1,43 hectares.



Outra barragem está prevista para começar a ser construída, dessa vez, no município de Mucurici. A barragem de Itabaiana com investimento previsto de R$ 5,7 milhões para instalar uma capacidade de armazenamento de 723,6 mil metros cúbicos de água em uma área alagada de quase 20 hectares. O edital de licitação da obra foi publicado em meados do mês de maio.

Também está em andamento a elaboração de dois projetos de obra de barragem para os municípios de Jerônimo Monteiro (na localidade de Panamá) e de São Mateus (na comunidade de Bamburral). Segundo a Seag, o investimento é de R$ 572 mil para elaborar os projetos, que devem ser concluídos até o mês de agosto.

Novas obras

Além das obras, outros nove projetos para novas barragens que começam a entrar no planejamento do Governo do Estado para os próximos anos.

As barragens estão previstas para os municípios de Baixo Guandu, Ecoporanga, Montanha, Governador Lindenberg e Jaguaré. Já no sul, os municípios beneficiados serão Alegre, Rio Novo do Sul e São José do Calçado.

Ensacadoras de silagem

Uma das estratégias para garantir a nutrição dos gados leiteiros nos períodos de seca é a utilização de ensacadoras de silagem, máquinas que embalam grandes quantidades de forragem em sacos que podem ser armazenados em câmaras frias.

O Governo do Estado destinou, em 2024, o total de R$ 280 mil para a aquisição de 40 ensacadoras de forragem.

A primeira entrega foi realizada para os municípios do norte e está atendendo a produtores de Águia Branca, João Neiva, Nova Venécia, Alto Rio Novo, Laranja da Terra, Ponto Belo, Baixo Guandu, Montanha, Santa Teresa e Barra de São Francisco.

Já na região sul, o repasse de equipamentos foi feito às prefeituras de Afonso Cláudio, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Atílio Vivácqua, Bom Jesus do Norte, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Itapemirim, Itarana, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Santa Leopoldina, Rio Novo do Sul e Vargem Alta.

Diretor da Agerh faz recomendações para o uso racional da água na agricultura

As recomendações para a ameaça de escassez de água abrangem tanto os moradores, quanto as indústrias e a agropecuária.

Segundo a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), é importante seguir as recomendações para evitar que a situação se agrave. Se for o caso, haverão obrigações e restrições, ou seja, as pessoas e as empresas podem ser penalizadas pelo uso inadequado da água.

Por enquanto, a fase é de recomendação. Ao Folha Vitória, o diretor presidente da Agerh, Fábio Ahnert, informou sobre os cuidados para o setor agrícola.

"Recomendamos que seja feita a irrigação da forma mais técnica possível. Que se irrigue a planta com a quantidade de água necessária. Ale´m disso, irrigar nos horários mais frescos do dia, bem de manhã ou no final do dia, para evitar perda de água por evaporação", explicou.

O diretor destacou, ainda, que, na Grande Vitória, por enquanto, não há risco de desabastecimento.

"Na Grande Vitória, estamos com as vazões da bacia do Rio Santa Maria e Jucu baixas, mas coerentes com o período de estiagem. No Sul, está baixa, mas um pouco melhor. A seca está mais acentuada no norte do estado", descreveu Fábio.


Fonte: Folha Vitória
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