Estima-se que, no último ano, o grupo tenha movimentado cerca de 100 kg da droga utilizando as "mulas humanas"
Uma quadrilha é alvo de operação da Polícia Federal suspeito de trazer drogas para o Espírito Santo por meio de "mulas humanas", como são chamadas as pessoas aliciadas pelos criminosos, que são obrigadas a amarrar, com fitas, as drogas pelo corpo, geralmente nas pernas ou na cintura.
Estima-se que, no último ano, o grupo tenha movimentado cerca de 100 kg de cocaína utilizando as "mulas humanas".
Essas pessoas buscavam cocaína nos estados de fronteira do país, geralmente no Mato Grosso, para trazê-la de forma oculta para o Espírito Santo. De acordo com a Polícia Federal, as "mulas" recebiam cerca de R$ 3 mil por cada empreitada criminosa.
Na Operação Mulus, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, sendo cinco no estado do Espírito Santo e um no Mato Grosso, além de dois mandados de prisão temporária no Estado. Foram apreendidos também alguns aparelhos celulares.
As investigações tiveram início em junho de 2023, quando a Polícia Federal prendeu em flagrante dois indivíduos vindos de Cuiabá, com 14 kg de cocaína presos às pernas com fitas adesivas.
As investigações continuam e os envolvidos poderão responder por tráfico e associação para o tráfico de drogas (Art. 33 e Art. 35 da Lei 11.343/2006), com causa de aumento em razão da interestadualidade do delito (Art. 40, V da Lei 11.343/2006).