Segundo a polícia, o corpo do menino Nikael Andrade Araújo, de 8 anos, estava em estado avançado de decomposição e precisará passar por exames de DNA
O corpo do menino Nikael Andrade Araújo, de 8 anos, encontrado dentro do Rio Doce, na região do bairro Aviso, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, está no Departamento Médico Legal de Vitória. A previsão de liberação é de 10 dias.
Segundo a polícia, o corpo estava em estado avançado de decomposição e, por conta disso, precisará passar por exames de DNA. O delegado Fabrício Lucindo, titular da Delegacia Regional de Linhares, explicou que a perícia, inicialmente, não detectou sinais de violência.
"O corpo de Nikael foi encontrado às margens do Rio Doce, entre os bairros Residencial Rio Doce e Mata do Cacau. O menino estava sem a bermuda, mas ainda não podemos falar em violência porque a roupa pode ter saído no rio. Vamos precisar aguardar a perícia. A perícia, inicialmente, não detectou sinais claros de violência no corpo da criança", explicou o delegado.
O delegado disse ainda que devido ao estado avançado de decomposição e inchaço do corpo, eles acreditavam se tratar de um adulto. Mas, após a retirada da água, foi confirmado que era realmente o menino desaparecido.
Menino teria desaparecido após aceitar doce de estranho
A irmã de Nikael, Iara Costa Andrade, de 22 anos, conversou com a equipe de reportagem do Folha Vitória e contou que Nikael brincava com pelo menos quatro amigos na rua Santa Catarina, no bairro Aviso de casa por volta de 17h30.
"Os meninos contaram que ele apareceu em um carro branco oferecendo doces, eles disseram que não queriam, mas o Nikael quis. Ele pegou o Nikael e foi embora dali. Eles disseram que ele era moreno e estava vestindo uma roupa preta", relatou.
Após o corpo ser encontrado, Iara conversou novamente com a equipe de reportagem e destacou que Nikael era uma criança cheia de amigos, gostava de estudar e frequentava uma igreja evangélica com a família. Um vídeo do menino cantando um louvor chamado "Meu Barquinho" foi compartilhado pela família.
"Ele era uma criança amada, educada, fazia amizade com todo mundo, ninguém tinha raiva dele. Era um menino de ir para a igreja, estudioso, muito educado. Não tinha por que fazer essa perversidade. Era só uma criança de 8 anos, não tinha maldade no coração", declarou Iara.
Até o momento, nenhum suspeito foi localizado. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
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