Em todo o Brasil, o aumento variou entre 12% e 20% desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Um dos motivos dessa forte alta é o valor do trigo O pãozinho nosso de cada dia é mais do que um simples alimento: ele já faz parte da cultura nacional - apesar de ser chamado de francês. No entanto, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânica, esse costume ficou mais caro. No Espírito Santo, a alta do preço chegou a 10%, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (Abip). Em todo o Brasil, o aumento variou entre 12% e 20% desde 24 de fevereiro, quando teve início o conflito.
Um dos motivos dessa forte alta é o valor do trigo. Como o Brasil tem que importar cerca de metade do trigo que consome, acaba dependendo muito do preço da commodity no mercado internacional.
Preço do pãozinho nas padarias capixabas teve um aumento de 10% desde o início da guerra
Recentemente, o trigo teve um aumento de 45% por causa da guerra no Leste Europeu, uma vez que Rússia e Ucrânia são dois dos maiores produtores mundiais do grão.
"De todo o consumo de trigo do Brasil, metade praticamente é importado. Ou seja, pagamos o preço internacional e mais caro para comprar essa parte do trigo de fora. Além do preço do trigo, outros custos de produção e logística estão mais caros", destacou o economista Guilherme Dietze.A comerciante Heliane Tonon, dona de uma padaria em Cariacica, lembra que o preço do trigo no ano passado estava bem mais em conta. "Há um ano, estava R$ 60 a R$ 65 o saco de 25 quilos. E hoje já teve um aumento que foi para R$ 103 o saco de 25 quilos".
Como o trigo importado é pago em dólar, a alta da moeda americana também afeta o preço do pãozinho. Assim como o aumento do óleo diesel, que foi de 25%, encarecendo o frete e o custo com transporte.Isso sem falar na falta de chuvas ano passado, o que fez com que a energia elétrica ficasse mais cara e impactasse no custo de produção das indústrias e padarias. Segundo a comerciante, nem todos esses aumentos estão sendo repassados ao consumidor final, o que faria com que o preço ficasse ainda mais salgado.
"A gente não pode repassar todo o valor ao cliente para ele não se assustar e poder ter o pãozinho dele de cada dia em sua mesa. Mas o lucro da gente vai caindo e a gente também tem nossas contas para pagar", lamentouHeliane.
Fonte: (Redação Folha Vitória)