A Polícia Civil descartou que Pablo Muribeca (Republicanos) tenha sofrido uma tentativa de homicídio na noite dessa quarta-feira (24) em Central Carapina, na Serra, enquanto realizava campanha pelo bairro. Muribeca é deputado estadual e disputa a eleição para prefeito do município contra Weverson Meireles no segundo turno, que acontece no próximo domingo (27).
"A Polícia Civil trabalha de maneira séria, comprometida e buscando sempre a verdade real dos fatos. Podemos afirmar com absoluta certeza diante das imagens, dos depoimentos colhidos, inclusive do próprio deputado, que não houve qualquer tentativa de homicídio contra o deputado, contra o prefeito [de Vitória, Lorenzo Pazolini] ou contra qualquer membro da comitiva, enfatizou o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.
Após o ocorrido, Pablo Muribeca publicou uma nota oficial em seu Instagram às 21 horas afirmando que até aquele momento não havia suspeitos e que a autoria dos disparos era desconhecida. "A campanha reafirma que o ocorrido não os abalará nem interromperá a caminhada. O compromisso com os moradores da Serra é de seguir nas ruas, demonstrando que chegou a hora da mudança", dizia a nota.
O que aconteceu
"Na ocasião, dois indivíduos do tráfico do ponto final de Central Carapina estavam de bicicleta no meio da comitiva e avistaram um rival da região da Vala próximo à comitiva. Quando eles estavam indo em direção a esse indivíduo para matá-lo, um apoiador que estava na comitiva se atracou com um dos indivíduos. Esse indivíduo conseguiu se desvencilhar e na tentativa de fugir efetuou disparos de arma de fogo. Importante frisar que em nenhum momento ele apontou a arma ou efetuou disparos de arma de fogo em direção ao deputado, em direção a qualquer outro membro da comitiva", esclareceu o delegado.
De acordo com Sandi Moro, já em fuga, esse indivíduo, diz que escutou disparo de arma de fogo e foi atingido na perna direita, que transfixou a perna esquerda. Logo depois, ele foi localizado pela polícia no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves. "Ele confessa que estava lá no local, que iriam matar um membro da gangue rival, que em nenhum momento ele quis atentar contra o deputado ou qualquer membro da comitiva", disse o delegado.
Segundo o chefe da DHPP, por ter confessado que efetuou disparos de arma de fogo e por estar com uma arma ilegal, o indivíduo foi autuado em flagrante pelo crime de disparo de arma de fogo e foi arbitrada uma fiança de R$ 10 mil, que até o momento não foi paga.
"O disparo que atingiu esse indivíduo que estava em fuga, possivelmente partiu de alguém que estava ali na comitiva. Nós estamos investigando e vamos identificar de onde saiu esse disparo que atingiu a perna desse indivíduo, que, a princípio, estava ali no local para matar um inimigo e não nenhum membro da comitiva. Principalmente o que nós queremos identificar agora é de onde saiu o disparo que atingiu o indivíduo que já estava em fuga", enfatizou Sandi Mori.