Polícia Carne irregular

Até pênis de boi! Cerca de 50 toneladas de carne irregular são apreendidas em Guarapari

Por Regional ES

08/04/2022 às 06:59:39 - Atualizado há

Dentro dos pacotes apreendidos, segundo a polícia, havia partes da traqueia, lote, aorta e pênis de boi. A carne pode ter sido usada na fabricação de embutidos. Cerca de 50 toneladas de subproduto animal foram encontradas em uma empresa de Guarapari, na manhã desta quinta-feira (07), durante uma operação conjunta da Polícia Civil com o Ministério da Agricultura.


Nos pacotes apreendidos, segundo a polícia, haviam partes da traqueia, lote, aorta e até pênis de boi.

A polícia e os representantes do Ministério da Agricultura chegaram ao material após receberem denúncias de que abatedouros irregulares estariam vendendo subprodutos não usados no consumo humano para fabricação clandestina de embutidos.

Ao todo, foram apreendidas 50 toneladas de subproduto animal, incluindo ossos e sebo. Segundo o titular daDelegacia de Polícia Civil de Defesa do Consumidor, delegado Eduardo Passamani, o material estava sem a devida autorização para comércio e armazenamento.

"Alguns itens do produto animal, que são chamados subprodutos, estariam sendo encaminhados a uma empresa do Estado, localizado em Guarapari. Esses produtos estariam sendo encaminhados sem a devida condição sanitária, de forma irregular, sem autorização do Ministério da Agricultura e sem o controle sanitário devido. Eles estariam sendo vendido para empresas clandestinas que poderiam estar colocando isso em consumo humano por meio de fornecimento para fábricas de embutidos", explicou.

Na empresa, também foram encontrados indícios de que os produtos podem estar sendo distribuídos para fabricação de farinha animal, utilizada para fazer ração, mas os auditores fiscais perceberam que os produtos não estavam adequados nem para a produção de farinha

"Especificamente para bovino, a gente tem um controle sanitário rigoroso em relação à doença da vaca louca. Todo aquele material de risco não pode ser deixado em "graxaria", porque ele não pode em hipótese alguma entrar na alimentação de ruminantes", explicou a auditora fiscal do Ministério da Agricultura, Paula Matos.

Após a operação, o local foi interditado. Os proprietários já prestaram depoimento. Segundo a polícia, os fornecedores e compradores dos produtos também serão investigados.

*Com informações da repórter Danielle Cariello, da TV Vitória/Record TV.

Fonte: (Redação Folha Vitória)

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