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Prefeito eleito quer intervenção do governo do ES em hospital de Colatina

Entre as reclamações estão a presença de mofo em partes da unidade hospitalar e cadeiras danificadas; Sesa e direção afirmam que imóvel está sob reforma

Por Regional ES

16/12/2024 às 07:15:46 - Atualizado há
Fachada do Hospital Estadual Sílvio Avidos em Colatina. (Roger Botelho)

Diante das denúncias de acompanhantes de pacientes em relação às instalações e más condições de higiene do Hospital Estadual Silvio Ávidos, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, divulgadas em matéria veiculada por A Gazeta, o prefeito eleito do município, Renzo Vasconcelos (PSD), afirmou que vai pedir uma intervenção do governo do Estado na unidade na próxima segunda-feira (16). Na reportagem, foi relatado que na unidade hospitalar há mofo no teto e ao redor de aparelhos de ar-condicionado, cadeiras quebradas com ferragens expostas e marcas de sangue em chão de leito. Um dos denunciantes, que preferiu não se identificar, contou que teve até que comprar materiais para o curativo de um familiar internado.

A assessoria de comunicação de Renzo Vasconcelos informou que, ao lado do futuro secretário Municipal de Saúde, Raul Amicci, vai enviar ofício ao governador Renato Casagrande (PSB) pedindo atenção especial à conservação e manutenção da unidade hospitalar, referência em atendimento de saúde na região. O governo do Estado é responsável pela gestão do hospital.

A assessoria de imprensa do governador Renato Casagrande, e a Secretaria de Estado da Saúde foram demandadas por A Gazeta para se pronunciarem sobre o pedido. Quando houver retorno, este texto será atualizado.

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Sobre os problemas relatados na matéria de A Gazeta veiculada na última sexta-feira (13), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e a direção do hospital foram procuradas. A Sesa informou que lamenta as condições fotografadas por usuários do sistema e destacou que vai checar junto à equipe técnica o cumprimento dos devidos protocolos de higienização. Reforçou ainda que a unidade em Colatina está em reforma e negou que faltem materiais e medicamentos necessários ao atendimento dos pacientes. "Todos são fornecidos pela unidade", enfatizou.

"Mal-entendido", diz diretora técnica do hospital

Em entrevista ao repórter Enzo Teixeira, da TV Gazeta Noroeste, a diretora técnica do hospital, Luíza Bernadina, também negou falta de insumos na unidade, e explicou que o caso narrado por um dos acompanhantes foi um mal-entendido. "Nós não temos falta de insumos para curativos, mas houve sim um equívoco de comunicação da nossa equipe, que já está sendo tratado. Uma funcionária informou erroneamente que faltava o material. O acompanhante do paciente, por ser profissional da saúde, comprou por conta própria, mas ele não foi utilizado, pois temos no hospital", garantiu.

Quanto aos registros de sangue no chão de leito, Bernadina explicou que as fotos foram feitas no dia da admissão de um paciente, durante a troca de curativos, quando há risco de sangramento. "Tanto que a gente pode ver nas fotos que o sangue é fresco. Depois, assim como em todo hospital, nós temos nossa rotina de limpeza. O quarto foi limpo e o problema foi solucionado", afirmou.

Questionado pela TV Gazeta sobre a existência de cadeiras em más condições e banheiros sem forro e com mofo, o diretor administrativo e financeiro do hospital, Roberto Rochas, confirmou a situação, mas ressaltou que a unidade está passando por reformas.

"O hospital tem 75 anos. Nossa principal porta de entrada é o Pronto Atendimento, onde já foram realizadas reformas na sala de medicação e nas cadeiras de conforto. Agora, estamos avançando para a segunda etapa do plano de contingência e reforma do hospital, que inclui a parte do telhado. Será aplicada uma manta e feita toda a impermeabilização para evitar infiltrações. Com isso, o forro fica exposto porque precisamos realizar o cabeamento e a drenagem dos banheiros", explicou.

O diretor detalhou ainda que todos os banheiros serão reformados dentro de um prazo de 80 dias. "Já existe orçamento designado para essa função, que inclui a troca de vasos sanitários, pias e, principalmente, a parte do teto. A ideia é que em 80 dias a gente consiga reestruturar todos os banheiros da enfermaria e a parte do teto", finalizou.

Fonte: A Gazeta
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