Colatina tem produção própria de energia e é polo de confecções de saúde

Colatina ganhou o apelido de "Princesinha do Norte" entre os anos 1950 e 60 por causa da posição de destaque que o município ocupava na economia da região. Um dos fatores do desenvolvimento precoce foi a energia elétrica.

Colatina é pioneira na eletrificação rural no Brasil.

Em 1930, o produtor rural Henrique Nunes Coutinho construiu uma pequena usina elétrica, às margens do Rio Santa Maria para abastecer sua lavoura. Ele ainda distribuía o excedente de energia produzida para vizinhos. E foi assim que surgiu a empresa Luz e Força Santa Maria.

"Hoje distribuímos energia elétrica para 11 municípios do Espírito Santo, atendendo uma área de quase cinco mil quilômetros quadrados", explica o assessor da diretoria da Santa Maria e neto do Sr. Coutinho que, inclusive, tem o mesmo nome do avô: Henrique Coutinho.

Com energia, Colatina cresceu em torno do Rio Doce. A população aumentou e o município acabou se tornando um polo de confecções. São mais de 600 empresas que oferecem milhares de empregos diretos e indiretos. 97% delas são de micros e pequenos empresários.

Colatina também se tornou um polo de saúde. Sete hospitais atendem não só os mais de 120 mil habitantes, mas pessoas de outras cidades e até estados. "Aqui no São Bernardo Apart Hospital, temos um volume muito grande de pessoas que vêm de outras cidades. Chega a ser 60% do nosso atendimento", relata o diretor geral São Bernardo Saúde, Rômulo Costa.

E para fortalecer o polo de saúde, é preciso investir em conhecimento para formar cada vez mais profissionais capacitados. O Unesc, Centro Universitário do Espírito Santo, tem como carro chefe a medicina. Oferece 160 vagas por ano. O Unesc surgiu em 1967 e mais de 60 mil alunos já passaram por aqui desde então. Atualmente o campus de Colatina possui 3.382 estudantes distribuídos pelos 28 cursos de graduação e o um curso técnico de enfermagem. O centro universitário movimenta a economia do município, já que 45% dos universitários são de outras cidades do Espírito Santo e 7,57% são de outros estados.

Além de movimentar a economia da região, a faculdade presta serviços para a comunidade. Os alunos do Unesc fazem mais de 200 mil atendimentos por ano em todas as áreas: atendimento jurídico, assistência para quem quer abrir seu negócio, projetos de engenharia, entre outros. Na clínica São José, os alunos da área de saúde atendem com fisioterapia, nutrição, odontologia, acompanhamento de pacientes oncológicos. A maioria das consultas são gratuitas e algumas cobram valor simbólico.

*Texto escrito pela jornalista Adriana Berlink, da TV Vitória/Record TV.