A mulher de Phillips, Alessandra, é brasileira. Segundo o irmão dela, o jornalista inglês era apaixonado pelo país, e principalmente pelos povos indígenas originários:
Buscas já duram uma semana. A manifestação começou pouco depois das 9h em frente ao posto 6, na praia de Copacabana, na zona Sul do Rio.
Familiares, amigos e manifestantes se reuniram neste domingo (12) no Rio para pedir por urgência nas investigações do desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Os dois desapareceram há uma semana, no vale do Javari, no Amazonas.
Depois de sete dias de buscas, que foram criticadas por autoridades, familiares já acham difícil que os dois possam ser encontrados vivos.
"Hoje é quase a certeza absoluta que eles não estão mais aqui entre nós. A gente está angustiado, mas quer um ponto final nisso", disse Maria Lúcia Faria Sampaio, sogra de Dom Phillips.
A manifestação começou pouco depois das 9h em frente ao posto 6, na praia de Copacabana, na zona Sul do Rio. O local era o escolhido por Dom para praticar stand-up Paddle.Marcos, cunhado de Phillips, disse que, uma semana depois, ainda há poucas informações sobre o paradeiro do jornalista e do indigenista.
"É um sentimento muito ruim, de muita tristeza, de muita incerteza. A gente dorme imaginando o que pode ter acontecido, acorda sem informação nenhuma. Está sendo muito angustiante ", contou Marcos Faria Sampaio, cunhado de Dom Phillips.
"Sempre que a gente sentava para conversar, ele sempre falou com muito carinho. A luta do Dom sempre foi pelo amor que ele tinha pelas tribos indígenas. Era louco pelo Brasil. Ele dava aula de inglês gratuitamente em Salvador", comentou.
Os dois faziam o trajeto da comunidade ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte. As buscas já duram uma semana. A perícia feita em uma embarcação apreendida encontrou vestígios de sangue, segundo o delegado do município de Atalaia do Norte, Alex Perez Timóteo. Nesta sexta-feira (10), as amostras serão analisadas para saber se se trata de sangue humano ou animal.
Conhecido como "Pelado", Amarildo, de 41 anos, já está preso desde terça-feira (7), mas por outro motivo. Durante as investigações sobre o sumiço dos dois, as autoridades encontraram com ele uma porção de droga e munição de uso restrito.
Segundo as investigações, Bruno Pereira foi ameaçado um dia antes do desaparecimento por Amarildo.