Polícia menina de 3 anos

Mãe e padrasto são presos acusados de torturar e matar menina de 3 anos

O caso começou a ser investigado após a menina dar entrada em uma Unidade de Saúde coberta de hematomas

Por Regional ES

13/06/2022 às 10:07:51 - Atualizado há
A menina vivia com medo e machucada, segundo testemunhas

O padrasto e a mãe de Mirella Dias Franco, de 3 anos, foram presos, na manhã deste sábado (11), por suspeita de torturar e matar a menina, em Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre (RS).

De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, as investigações começaram após Mirella dar entrada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), em 31 de maio e morrer minutos depois. Ela estava coberta por hematomas, marcas de queimaduras e fraturas, antigas e atuais, e uma severa hemorragia abdominal, que foi a causa da morte.

A mãe sendo presa por policiais civis
A mãe sendo presa por policiais civis

De acordo com os agentes, a mãe foi localizada no bairro Guajuviras, em Canoas, ao norte da capital gaúcha, e o padrasto foi encontrado em Palhoça, no estado de Santa Catarina, para onde havia ido logo após o crime.

Testemunhas relataram à polícia que a menina estava sempre com medo, chorando ou machucada. Disseram também que viram a menina com hematomas e lesões, com medo do padrasto e não querendo retornar para a casa com a mãe em diversas ocasiões.

Prontuários médicos confirmaram que a menina teve várias entradas em unidades de saúde por múltiplas fraturas, escabiose e queimaduras que não haviam sido tratadas adequadamente.

O padrasto da menina sendo levado pelos policiais
O padrasto da menina sendo levado pelos policiais

De acordo com a Polícia Civil, as agressões ocorreram ao longo de mais de dois anos, durante a convivência do casal. Os suspeitos teriam submetido a vítima a agressões físicas, privações, negligência, e a intenso sofrimento físico e mental como forma de castigo pessoal, o que caracteriza o crime de tortura com resultado em morte.

As prisões ocorreram durante a Operação Inocência. Os mandados foram deferidos pela 3ª Vara Criminal de Alvorada, após parecer favorável do Ministério Público, e foram cumpridos pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Alvorada.

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