Segundo a aluna, a educadora do curso de Moda fez críticas contra tatuagens, dizendo que são heranças dos presidiários e que elas ficariam ainda piores na pele negra
A professora Juliana Zucollotto, do curso de Design e Moda do Centro Universitário Faesa, acusada por uma aluna de ter cometido injúria racial durante uma aula na última quarta-feira (22), foi afastada pela faculdade.
"O Centro Universitário reafirma que repudia todo e qualquer ato ou manifestação discriminatória e preconceituosa", completou a nota.
Chorando, ela disse que havia acabado de passar por um episódio de preconceito cometido pela professora Juliana Zucculotto, do Centro Universitário Faesa.
A aluna afirmou que a educadora classificou tatuagens dizendo que "são heranças dos presidiários e que elas ficariam ainda piores na pele negra, que se assemelha a uma pele encardida".
A Polícia Militar foi acionada e foi até a faculdade. A professora chegou a ser ouvida pelos militares e alegou que fez um comentário sobre tatuagens, mas que foi mal interpretada pela aluna.
O delegado de plantão autuou a professora no artigo 140 do Código Penal Brasileiro, por injúria racial.
O crime prevê pena de até dois anos de prisão. Uma fiança foi arbitrada pela autoridade policial, conforme artigo 322 do Código de Processo Penal.
A Polícia Civil afirmou em nota que a professora "foi liberada para responder em liberdade, após o recolhimento da fiança. O caso seguirá sob investigação".
A professora Juliana Zucculotto foi procurada insistentemente pela reportagem nesta quarta (22) e quinta-feira (23), desde que o caso repercutiu nas redes sociais. Até o momento, ela não atendeu às ligações e também não respondeu às mensagens. O espaço segue aberto para manifestação.