Com a efetivação da medida, o Executivo estadual projeta que, nos próximos seis meses, o Estado e os 78 municípios deixem de arrecadar R$ 1,14 bilhão
A partir do dia 1º do mês que vem, a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis no Espírito Santo terá uma redução de 10%, passando dos atuais 27% para 17%. É que o governo do Estado assinou, na tarde desta terça-feira (28), um decreto que atende à Lei Complementar Federal 94, de 2022, sancionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Apesar de aderir à norma, o governador fez uma ressalva, ressaltando que as medidas impostas pelo Planalto podem não ser suficientes para conter a alta nos preços dos produtos inclusos na redução de ICMS. "Mesmo sendo importantes, essas medidas tributárias podem não ser suficientes para conter essa alta nos preços. Outras ações precisam ser tomadas pelo governo federal e pelo Congresso nacional", ressaltou o mandatário.
Perdas
Com a efetivação da medida, o Executivo estadual projeta que, nos próximos seis meses, o Estado e os 78 municípios deixem de arrecadar R$ 1,14 bilhão. "Teremos que compensar isso de alguma maneira. Este ano utilizaremos os superávits dos exercícios anteriores e o excesso de arrecadação, que está um pouco melhor do que o previsto. Para o ano que vem, nossa equipe terá que pensar em novas medidas", afirmou Casagrande.
Cálculos
Pelos cálculos da equipe da Secretaria da Fazenda (Sefaz), a medida terá um impacto de R$ 866 milhões até o final do ano. "Infelizmente, é um impacto que será sentido pelos municípios, que recebem 25% de todo o ICMS recolhido pelo Estado. Também haverá impacto para a Saúde e Educação, áreas financiadas com recursos provenientes do ICMS", concluiu Altoé.
A previsão é que a redução da alíquota de ICMS seja publicada na edição de amanhã do Diário Oficial do Estado.
Reportagem: Tiago Alencar