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Cachorro entra em capela e fica ao lado de caixão durante velório do dono no ES

Anderson, que tinha 53 anos, adotou e retirou o cão da rua há cinco anos, após encontrá-lo em um bar. Com a morte do dono, ele continuará sendo cuidado pela família.

Por Regional ES

27/07/2022 às 07:39:24 - Atualizado há
Cachorro acompanhou todo o velório ao lado do caixão do tutor ?- Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Uma cena inusitada emocionou familiares e amigos que acompanhavam o velório de Anderson Simões Campos, de 53 anos, na Serra, na Grande Vitória. O cachorrinho dele, Fred, entrou na capela onde a cerimônia era realizada e ficou o tempo todo deitado ao lado do caixão.

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O local em que o velório ocorreu, na madrugada de segunda-feira (25), fica na frente da casa onde Anderson morava, na região de Jacaraípe. De acordo com a filha dele, Ariely Campos, apesar de a entrada de Fred não ser permitida, depois de muita insistência o cachorrinho conseguiu entrar.

"Eu fiquei muito emocionada. Muito. Ele sabia que meu pai estava lá, então por isso foi direto [de casa para lá]. Ele primeiro chegou na entrada e pelo olhar foi pedindo para entrar. Minha tia deixou e ele foi direto para o lado do caixão", contou Ariely.

Antes do velório, Fred já havia demonstrado o amor e a saudade que tem do tutor. Assim que o carro da funerária passou pela rua com o caixão de Anderson, o cachorro foi atrás, tentando subir e acompanhar todo o trajeto.

Amizade construída aos poucos

Anderson Conceição, à esquerda, ao lado dos familiares. Ele morreu após um infarto fulminante. — Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Anderson Conceição, à esquerda, ao lado dos familiares. Ele morreu após um infarto fulminante. — Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Anderson passou a colocar potinhos de água e ração todos os dias para ele, e aos poucos foi ganhando a confiança do animal.

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Um tempo depois Fred já estava dormindo na casa de Anderson, de onde não saiu mais. Agora sem o tutor, Fred vai ficar sob cuidados da tia e continuar na mesma casa.

"Ele foi chegando na região e meu pai dava ração, água... As únicas pessoas que controlavam ele eram meu pai e minha tia. Ele não costuma aceitar estranhos. Agora ele vai continuar sendo cuidado pela minha tia", disse Ariely.
Fonte: G1
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