Desde o dia 2 de setembro, pelo menos oito cachorros morreram em Minas Gerais por intoxicação
Dois casos de intoxicação alimentar em cães estão sendo investigados no Espírito Santo, um no município da Serra e outro em Vila Velha, após o consumo de petiscos próprios para animais de estimação. Por nota, a polícia civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
Ainda segundo a nota, nenhuma outra informação será repassada com o intuito de preservar as investigações.
Em caso de denúncias, a população pode ligar para o disque-denúncia (181). A chamada é gratuita e pode ser realizada em qualquer município do Estado.
Outros casos
Desde o dia 2 de setembro, pelo menos oito cachorros morreram em Minas Gerais, sedo a maioria por quadro de falência renal, após o consumo de petiscos da Bassar Pet Food.
De acordo com informações da Agência Folhapress, além do estado mineiro, tutores de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Alagoas, Sergipe e do Distrito Federal relataram à Polícia Civil de Minas morte de cachorros por suspeita de intoxicação alimentar.
Na última sexta-feira (2), o setor de perícia da Polícia Civil em Minas anunciou ter identificado a presença de monoetilenoglicol em 1 dos 3 produtos da Bassar que podem estar relacionados com as intoxicações.
Dois dos produtos são o Every Day e o Dental Care. O terceiro não teve o nome divulgado.
Em nota publicada em seu site, a Bassar diz que colabora com as investigações e que contratou uma empresa de perícia, a fim de inspecionar os processos de produção, as máquinas de sua fábrica e as matérias-primas utilizadas nos produtos.
Substância tóxica
Também de acordo com a Agência Folhapress, o monoetilenoglicol é da mesma família do dietilenoglicol, substância apontada como a causa da morte de dez consumidores da cerveja Backer em Minas Gerais em 2019 e 2020. Ambas provocam danos severos aos rins.
Na semana passada, laudo emitido pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) já havia sugerido a presença de etilenoglicol no organismo de um dos cachorros mortos.