Geral Santa Rita do Sapucaí (MG)

Bebê nasce com mancha em formato de cruz na testa: "É um sinal de que minha avó benzedeira, que já faleceu, estava comigo no parto", diz mãe

Em entrevista exclusiva à CRESCER, a mineira Gabriele Vilela conta que perdeu a avó materna apenas três meses antes de descobrir que estava grávida da segunda filha

Por Regional ES

15/09/2022 às 19:26:17 - Atualizado há

Pouco antes de entrar na sala de parto para dar à luz à sua segunda filha, a mineira Gabriele Vilela, 23, de Santa Rita do Sapucaí (MG), fez uma oração e um pedido. "Pensei na minha avó e pedi a ela: 'Onde quer que a senhora esteja, não me deixa sozinha, segura minha mão'. Eu sempre acreditei que ela estaria lá comigo", disse.


O que Gabriela não esperava era a surpresa que teria apenas algumas horas depois de finalmente ter a filha nos braços. No quarto do hospital, quando ia amamentar a pequena Mirella pela primeira vez, tirou a touca que a bebê vestia e viu uma mancha em formato de cruz na testa da menina.

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"Na hora, comecei a tremer e fiquei muito emocionada. Não era possível. Sempre que eu ia na casa da minha avó materna, ela nos dava a benção e fazia um sinal da cruz na nossa testa, bem onde apareceu a mancha. Para mim, é um sinal de que ela estava comigo mesmo, foi muito forte", contou em entrevista exclusiva à CRESCER.

A pequena Mirela nasceu com uma mancha em formato de cruz na testa (Foto: Arquivo Pessoal)

A pequena Mirela nasceu com uma mancha em formato de cruz na testa (Foto: Arquivo Pessoal)

A avó de Gabriele, Dona Lena, era benzedeira e morreu em março de 2021, depois de sofrer uma queda. Não deu tempo de ficar sabendo que a neta, que já é mãe do pequeno João Lucas, 6, teria mais um bebê. Mirella nasceu quase um ano depois da notícia, em fevereiro deste ano. "Sempre tive uma ligação muito forte com a minha avó. Depois que ela faleceu, eu chorava muito. Até que, uns três meses depois, descobri que estava grávida. Ela se foi, mas me mandou um presente no lugar", lembrou.


Na última terça-feira (13), Gabriele decidiu compartilhar sua história nas redes sociais. Fez um vídeo contando o episódio e publicou em sua conta no TikTok. Em menos de 48 horas, a publicação já soma mais de 920 mil visualizações e 146 mil curtidas. Segundo ela, a ideia, a princípio era apenas fazer uma homenagem para a avó e deixar tudo registrado.

Gabriele e a filha Mirela, ainda no hospital (Foto: Arquivo Pessoal)

Gabriele e a filha Mirela, ainda no hospital (Foto: Arquivo Pessoal)

"Eu nem imaginava essa repercussão toda, tinha só uns 100 seguidores no TikTok. Mas aí as notificações foram chegando, chegando, chegando e entendi que tinha viralizado. Teve gente dizendo que chorou, que ficou arrepiado, que quis ver a minha filha", contou.

Gabriele afirmou que a manchinha na testa da filha foi aos poucos clareando e desapareceu depois de três semanas. Por causa disso, algumas pessoas chegaram a questioná-la se a marca de nascença era mesmo verdadeira. "Teve gente que achou que eu peguei um crucifixo e marquei minha filha. Mas acredito muito que foi Deus, mandando ela com uma mancha bem na testa e com sinal da cruz. Para muita gente é só uma mancha que sumiu, mas para mim nunca foi só isso", finalizou.


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A explicação dos médicos

Manchinhas como a da pequena Mirella, que desaparecem com o passar do tempo, são chamadas de hemangiomas. Elas são resultado de uma malformação vascular, causada por alterações nos vasos sanguíneos ainda na gravidez, durante o desenvolvimento fetal.

A mancha na testa da pequena Mirela desapareceu depois de três semanas (Foto: Arquivo Pessoal)

A mancha na testa da pequena Mirela desapareceu depois de três semanas (Foto: Arquivo Pessoal)

Sempre vermelhos ou arrocheados, os hemangiomas costumam aparecer no rosto, no tronco, no couro cabeludo ou no pescoço. Eles estão presentes desde o nascimento, podendo aumentar de tamanho ou não. A boa notícia é que a maioria dos hemangiomas some espontaneamente ao longo da infância ou, no máximo, até o início da adolescência.

"A aparência assusta, mas não há motivo para se preocupar a princípio. O mais importante é que o pediatra avalie o tipo do hemangioma e, se necessário, encaminhe o paciente a um especialista (dermatologista, cirurgião vascular ou plástico) para fazer o acompanhamento", assegura a dermatologista pediátrica Nádia Almeida (PR).


Na maioria dos casos, trata-se apenas de uma questão estética, mas vale fazer uma investigação para tira-teima. "A recomendação é conter a ansiedade e aguardar pelo menos até os 18 meses de idade. Se a mancha não desaparecer, há opções de tratamentos para removê-la, que são indicados somente caso ela se torne motivo de constrangimento para a criança futuramente", diz o dermatologista Valcinir Bedin (SP).

Fonte: Revista Quem
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