Todos os profissionais pediram demissão. Eles alegam salĂĄrios atrasados.
Todos os médico do Serviço Médico de Atendimento de UrgĂȘncia (Samu) de Colatina, no Noroeste no EspĂrito Santo, pediram demissão, na Ășltima terça-feira (4). Os profissionais alegaram dois meses de salĂĄrios atrasados.
O Avante Social, o organização social responsĂĄvel pela gestão do Samu em Colatina confirmou um desequilĂbrio financeiro, mas disse que o atraso foi referente a um mĂȘs, e que o valor foi repassado a empresa dos serviços médicos, que voltaria a operar os plantões.
O Avante Social foi contratado pelo Consórcio Noroeste, que por sua vez é a entidade que representa os municĂpios do Noroeste do EspĂrito Santo. De acordo com o Avante, foram a organização apresentou a documentação para que o consórcio regularize a situação junto à Secretaria de SaĂșde do EspĂrito Santo, que por fim deve repassar os recursos para manutenção do Samu em Colatina.
"O clima de negociação se dĂĄ de forma respeitosa desde março de 2021, estando em trâmites finais conforme informado pelos consórcios em geral e pela SESA", justificou o Avante Social.
A Secretaria de SaĂșde, disse, por sua vez, que os repasses ao Consórcio estão em dia e que estĂĄ em avaliação técnica um pedido de reequilĂbrio financeiro da Organização Social ao Consórcio.
A secretaria também explicou que o para custeio mensal do serviço é feito diretamente aos municĂpios que se organizam por meio dos Consórcios para operacionalizar o serviço na localidade.
A reportagem da TV Gazeta apurou, que ainda na noite de quinta (6), os médicos informaram que iriam retornar ao trabalho na manhã desta sexta-feira (7).
O Sindicato dos Médicos do EspĂrito Santo disse que vai ingressar com denĂșncias junto ao Ministério PĂșblico Federal, estadual e o Ministério PĂșblico do Trabalho
"Não se pode conceber que um serviço de tamanha importância, onde, anualmente, milhares de pessoas são removidas para hospitais de referĂȘncia, trabalhem numa ambulância em o médico. Além de não cumprir as obrigações trabalhistas, fazendo uma quarterização do serviço, eles também estão agora funcionando somente com a assistĂȘncia de um enfermeiro, o que é uma ilegalidade e que merece sim ser investigada pelo Ministério PĂșblico", falou o coordenador do Departamento JurĂdico do Simes, Télvio Valim.