De verde e amarelo, eleitores de Bolsonaro se reúnem na frente do 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha, para se manifestar contra resultado das urnas
Um dia após as eleições deste domingo (30), que reelegeram Renato Casagrande (PSB) para o Executivo estadual, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o presidente do Brasil, apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Lula no pleito, se reúnem na frente do 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha, para se manifestar em contestação ao resultado.
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"Estamos aguardando o posicionamento oficial do presidente. Mas esses atos aqui em frente ao Batalhão não são especificamente para questionar o resultado das urnas. Nós já temos o costume de ficar aqui. Mas queremos o posicionamento para então tomar alguma atitude para nos trazer conforto neste momento em que metade da nação está enlutada pela eventual derrota dele nas urnas", disse.
Uma apoiadora presente no ato, que prefere se identificar como "Bia Bolsonaro 22", afirmou que ela e outros apoiadores do atual presidente pretendem permanecer no local até que seja confirmada uma suposta fraude eleitoral.
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Governador Renato Casagrande se manifestou
Sobre o assunto, o governador reeleito conversou com o Folha Vitória, na noite desta segunda-feira (31), no sentido de que o resultado das urnas deve ser respeitado.
"O Brasil tem o sistema eleitoral mais moderno e confiável do mundo. Resultado é para ser respeitado e posso falar isso porque já ganhei e já perdi. Se o candidato perdeu, meu amigo, ele deve ir para casa. Se ganhou, deve começar a trabalhar. É importante que a gente respeite o resultado das urnas, a vontade da população, é o que fortalece as instituições democráticas", declarou Casagrande.
No Telegram, esses extremistas convocam para um ato na Esplanada dos Ministérios, falam em "resistência armada" e convocação de militares, medidas que são inconstitucionais.
A ação anunciada em rede social levou a Secretaria de Segurança do Distrito Federal a bloquear o acesso à Praça dos Três Poderes. Os manifestantes também incentivam a reunião em frente ao Quartel General do Exército, na capital federal. Um grupo de apoiadores do presidente já está com bandeiras no setor militar próximo à sede do Comando do Exército.
Autoridades federais e distritais que acompanham a organização de atos em Brasília veem o cenário com apreensão. Temem que, com o silêncio, Bolsonaro esteja buscando repetir, a sua maneira, o ex-presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Seria uma estratégia de "deixar acontecer", sem que tenha que incentivá-los pessoalmente.