Economia Espirito Santo

Ceasa tem aumento de preço e dificuldade para receber produtos por causa das chuvas no ES

Central de abastecimento não registrou desabastecimento, mas direção afirma que tem recebido menos produtos por conta de problemas nas estradas.

Por Regional ES

05/12/2022 às 09:47:51 - Atualizado há poucos minutos

Hortaliças vão ficar mais caras na Ceasa por causa das chuvas Foto: Reprodução/TV Gazeta

As fortes chuvas impactaram a movimentação da Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa), que fica em Cariacica, na Grande Vitória, e trouxeram prejuízo para os produtores e aumento de produtos para os consumidores. O local reúne a maior parte de frutas, legumes e hortaliças do estado.

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Segundo o diretor técnico da Ceasa, José Mansur, a chuva fez com que alguns produtos chegassem em menor quantidade ou ficassem mais caros.

É o caso de produtos mais sensíveis como as hortaliças, que estragam mais facilmente. Com isso, o valor de produtos como o alface, por exemplo, devem aumentar ao longo da semana.

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"O impacto nós vamos ter sim, toda vez que tem um problema igual está acontecendo agora nós vamos ter um impacto muito forte nos preços. Hoje o acesso as estradas é o principal problema. Pessoal que vem de Santa Maria de Jetibá para passar em Santa Leopoldina, teve muito problema, ainda tem água nas estradas", disse o diretor.

Hortaliças vão ficar mais caras na Ceasa por causa das chuvas — Foto: Reprodução/TV Gazeta

José Mansur também explicou que alguns produtos que vem de fora do estado também estão sendo impactados, como a batata e a cebola. Com isso, o consumidor acaba encontrando uma menor quantidade desses legumes. Mas o diretor garantiu que a Ceasa não sofre com desabastecimento.

A chuva também fez com que alguns produtores tivessem que dormir na Ceasa por não conseguirem sair do local por causa da chuva. Foi o caso do Deolino, produtor de hortaliças em Santa Maria de Jetibá, ele dormiu dois dias na Ceasa.

"Dois dias ficamos aqui, porque a estrada de Santa Leopoldina foi ilhada. Daqui pra Campinho também, BR-101 também tava tudo embaixo d'água. A gente precisava ficar quietinho aqui pra ficar tranquilo. O povo na roça fica preocupado, se chega em casa ou não chega. Na sexta voltamos, mas chegamos lá em Santa Leopoldina tinha água de quase um metro e precisamos esperar mais uma hora e meia pra passar. Depois aumentou de novo" , Deolino.

O produtor explicou que o abastecimento acaba prejudicado também porque até chegar na Ceasa a verdura acaba apodrecendo.

"Quando chega no galpão já tá estragando, e tem de selecionar, depois chega aqui e metade está estragada de novo. Roça mais nova ainda aguenta, roça assim mais ou menos não aguenta não", disse Deolino.