Presidente da Comissão de Segurança Institucional da Corte ressaltou que há casos em que é preciso chegar ao enfrentamento de criminosos que ameaçam os magistrados
Um estudo divulgado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) aponta que 50% dos juízes brasileiros afirmam já ter sofrido ameaça de vida ou à integridade física. Os dados foram divulgados no dia 8 deste mês.
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Em resposta a um questionamento feito pela reportagem do Folha Vitória, tendo como base o estudo revelado na semana passada, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) confirmou que os magistrados da Corte capixaba também são vítimas de ameaças apenas por exercerem as suas funções.
"A realidade da Justiça Estadual no Espírito Santo se mostra semelhante à realidade de diversos outros Estados do país, com exposição diária de magistrados a riscos inerentes ao seu trabalho, podendo chegar, em alguns casos, ao enfrentamento de criminosos que tentam intimidar os magistrados no seu dever de aplicação da lei", afirmou o desembargador Jorge Viana, presidente da Comissão de Segurança Institucional do TJES.
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O desembargador, por outro lado, garante que a Corte cuida de perto de cada um dos casos envolvendo ameaças a magistrado, prestando todo apoio aos juízes que vivenciam esse tipo de situação.
"Para tratar de situações assim, o Tribunal de Justiça possui em sua estrutura organizacional a Comissão de Segurança Institucional, que se ocupa em zelar pela segurança institucional, pessoal dos Magistrados e dos respectivos familiares em situação de risco, de servidores e dos demais usuários e cidadãos que transitam nas instalações da Justiça e nas áreas adjacentes", pontuou.
A partir desses dados, ainda conforme o levantamento, é possível observar que a maioria dos magistrados(as), respondentes à pesquisa, considera a "efetivação de colegiados para análise de crimes de maior gravidade" como a medida mais importante para a segurança.
A pesquisa inédita "Perfil da Magistratura Latino-Americana" foi realizada pelo Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ) da AMB, em parceria com a Federação Latino-Americana de Magistrados (FLAM), e o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).
Ao todo, foram ouvidos 1.573 juízes de 16 países, porém, somente 11 constaram no relatório, já que cinco nações não tiveram o quantitativo mínimo de respostas. Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Panamá, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Brasil participaram do estudo.
*Com informações da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB)