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Não há Violência maior do que Atacar Escolas

Por Regional ES em 10/04/2023 às 06:43:21

Foto: Reprodução

As discussões sobre segurança nas escolas, que naturalmente se intensificam cada vez que acontece um crime como o ocorrido semana passada, em Blumenau, Santa Catarina, são vĂĄlidas, mas insuficientes. Apenas tangibilizam o problema. Fato é que a violĂȘncia tem sido percebida por parte da população como uma solução legĂ­tima para as próprias queixas e o extremismo se fortalece na esteira dos discursos de ódio contra as minorias, bem como contra aqueles que se encontram em campos opostos ideologicamente.

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Se não deixarmos a hipocrisia de lado e assumirmos que conceitos como a misoginia e o racismo, por exemplo, estão incrustados na sociedade, qualquer debate serĂĄ pouco efetivo. Nessa mesma lógica, as plataformas digitais não podem se furtar das responsabilidades. Não podemos mais aceitar que usem o conceito republicano do direito a expressão para justificar a falta de compromisso traduzido em uma polĂ­tica pouco efetiva e transparente para inibir a proliferação de grupos que tĂȘm como objetivo Ășnico a orquestração de crimes contra a vida. É inadmissĂ­vel que proliferem mensagens em homenagem a assassinos confessos.

O Supremo Tribunal Federal quando se vĂȘ "ameaçado" com a divulgação de fake news e postagens com teor agressivo intervém nas plataformas digitais justamente para interromper a disseminação. E quando se trata de temas como esse em questão, não são prioridade?

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A discussão precisa ser pĂșblica e aberta. Instituições como o Congresso Nacional tĂȘm um papel a cumprir, para além, e muito além das notas de pesar. Uma das ações, de carĂĄter educativo inclusive, é coibir os discursos de ódio proferidos e exaltados por seus próprios integrantes.

Por outro lado, precisamos olhar para dentro de casa, literalmente. A obrigação primeira é dos próprios pais, quer seja em termos de uma educação que não só respeite, mas valorize a diversidade, quer seja em termos de acolhimento, para que os filhos tenham liberdade de dialogar sobre qualquer questão que os aflija. Nessa perspectiva, não monitorar quais conteĂșdos as crianças estão consumindo é, no mĂ­nimo, negligenciar um desenvolvimento sadio dos filhos.

Ou todos nós assumimos que o debate em torno da violĂȘncia não pode e não deve ser feito de maneira maniqueĂ­sta ou vamos aceitar a falĂĄcia de soluções simplistas para um problema complexo. O horizonte precisa ser mais amplo que a próxima ameaça ou o próximo crime. Lembremos sempre que a escola é o melhor ambiente para debates saudĂĄveis.


Fonte: Folha Vitória

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