Setores de inteligĂȘncia da PolĂcia Civil receberam do dia 1Âș de janeiro de 2023 atĂ© o dia 26 de abril, um total de 308 denĂșncias de supostos ataques as escolas
Os setores de inteligĂȘncia da PolĂcia Civil do EspĂrito Santo receberam do dia 1Âș de janeiro de 2023 até o dia 26 de abril, o total de 308 denĂșncias de supostos ataques nas escolas no Estado. A maioria dos casos envolvia fake news, como o de uma estudante de 24 anos, que propagou uma ameaça na internet para não ter que entregar um trabalho na faculdade onde estuda.
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As informações foram repassadas para à imprensa nesta quinta-feira (27), em esclarecimento sobre as ações no EspĂrito Santo. O secretĂĄrio de Estado da Segurança PĂșblica (Sesp), coronel Alexandre Ramalho, detalhou como o caso da aluna de uma faculdade particular foi descoberto:
"Imediatamente identificamos que a ameaça era falsa. Na ação, o Ășnico propósito da aluna era não entregar o trabalho. É lastimĂĄvel, pois gerou um pânico para os estudantes e outros professores", descreveu Ramalho.
Segundo o delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), Brenno Andrade, durante a apreensão, os familiares sequer sabiam da fake news.
"Foi uma surpresa até mesmo para os familiares da jovem, que pela idade jĂĄ deveria ter consciĂȘncia dos seus atos. Ela negou o fato, mas foi constatada a existĂȘncia de um grupo de WhatsApp, com ela mais cinco pessoas, onde comentava a ideia de criar um perfil falso para a divulgação da ação", destacou o delegado.
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De acordo com o coordenador do NĂșcleo Especializado em Segurança Escolar da PCES, delegado Eduardo Arcos, as ameaças são normalmente veiculadas em redes sociais como Instagram, WhatsApp, TikTok. Entretanto, também são distribuĂdas em jogos online, a exemplo de Minecraft ou Robox.
"Verificamos ameaças até mesmo em plataformas de streaming, como por exemplo Twitch, o adolescente pode conversar dentro dele. Por isso, deixamos o alerta aos pais, que ficam tranquilos pelos filhos não utilizarem a rede social, mas eles jogam. Eles podem se comunicar com outras pessoas maliciosas", ressalta.
O coordenador, delegado Eduardo Arcos, explica que a finalidade é dar uma maior agilidade na apuração das denĂșncias que são levadas para as agĂȘncias de segurança, quanto para as PolĂcias Militar e Civil.
"Quando os autores forem identificados, serão tomadas as medidas necessĂĄrias. Não temos unidades policiais que abrangem a capilaridade do Estado inteiro, por isso, o nĂșcleo vai tratar essas denĂșncias iniciais", destaca.
Além disso, segundo o coordenador, uma vez verificada uma mĂnima procedĂȘncia, a informação serĂĄ repassada para os órgão competentes. "A partir disso, eles vão realizar os inquéritos e apurações necessĂĄrias para a solução da questão", disse.