Criminosos se passaram por funcionários do Nubank, onde a vítima é cliente, e a informaram que teria sido clonado. Para acabar com a invasão teria que fazer transações por PIX e empréstimos. Prejuízo foi de R$ 40 mil.
Um morador de Santos, no litoral de São Paulo, caiu em um golpe e perdeu R$ 40 mil. Ao g1, neste sábado (6), o analista de comércio exterior, Gustavo Gonçalves Torres, de 28 anos, contou que um criminoso se passou por funcionário do Nubank e o informou que o cartão dele teria sido clonado.
Por telefone, a vítima foi orientada a seguir alguns passos, como testes, para pôr fim à invasão, e fez empréstimos e transações via PIX.
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(Veja o posicionamento da Nubank abaixo).
"Eles utilizam música do Nubank. Eu acredito que seja um crime organizado, de fato. [O que roubaram] é todo o dinheiro que eu já ganhei na minha vida. Já chorei e me desesperei aqui", lamentou Gustavo.
Durante o contato telefônico, o golpista pediu à vítima que confirmasse o número de telefone do Nubank que aparecia no visor do celular. Gustavo disse à reportagem ter percebido apenas que o código de área era diferente. O criminoso explicou que era da central em Brasília.
Para ganhar ainda mais a confiança de Gustavo, o criminoso pediu para que ele transferisse o dinheiro da conta para outro banco dele, uma quantia equivalente a R$ 2 mil.
Com a confiança da vítima, e sabendo dos valores disponíveis no Nubank, o criminoso disse que precisaria executar alguns testes para se certificar que havia colocado fim à invasão. Foi quando pediu para Gustavo fazer alguns PIX.
A vítima tinha R$ 33.574,29 e começou a transferir o dinheiro para quatro contas indicadas pelo golpista. Também foi pedido que ele fizesse um empréstimo de R$ 6.750 para outra conta.
Após a primeira tentativa, o criminoso disse que a transferência não havia sido aprovada e falou: "Legal, vamos para outra pessoa então".
À reportagem, Gustavo disse que registrou o Boletim de Ocorrência na delegacia eletrônica e entrou em contato com a instituição bancária para solicitar o reembolso do prejuízo.
"Na análise deles, foi feito pelo meu celular, então, eles não vão me reembolsar [...]. A Nubank, o Banco Central, alguém precisa se responsabilizar por isso, não eu, uma vez que o cara se identifica como Nubank", finalizou.
Em nota, o Nubank informou que, para preservar o sigilo bancário, não comenta casos específicos, mas afirmou que já ter entrado em contato com o Gustavo. O g1 questionou a instituição sobre o estorno do valor, mas não obteve resposta.
"Nubank coloca-se à disposição para, em caso de qualquer dúvida adicional, auxiliar seus clientes e solicitantes por meio de nossa equipe de atendimento via chat, e-mail, telefone ou redes sociais, 24 horas por dia e em qualquer dia da semana", finalizou a instituição, por meio de nota.