Segundo estudo, esses indivíduos estão na chamada linha da pobreza. E quase 170 mil cidadãos no Estado estão tendo que se virar com pouco mais de R$ 200 por mês
Um estudo realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que houve melhora na renda dos mais pobres. Apesar disso, mais de 1,1 milhão de pessoas no Espírito Santo ainda vivem com renda de até R$ 665 por mês.
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No Estado, 325 mil cidadãos saíram da linha da pobreza no ano passado e outros 128 mil deixaram a linha da extrema pobreza. A melhora na renda segue como uma tendência nacional. Em 2021, foram 10,5 milhões a menos de brasileiros na pobreza, e 6,3 milhões fora da extrema pobreza.
Apesar disso, ainda há muita gente lutando para colocar comida no prato. Segundo apuração da TV Vitória, na casa de Renata dos Santos, que mora com o marido e dois filhos em Vitória, as panelas só têm arroz e feijão. No armário, quase não há nada.
"As coisas estão muito caras, eu não estou trabalhando e dependo do Bolsa Família. Vendo balas na porta de uma escola para complementar a renda e poder ajudar um pouco mais dentro de casa. Meu marido pesca, mas está desempregado. E também não é sempre que ele consegue pegar peixe", diz Renata.
A realidade dela ainda é vivida por muita gente no Espírito Santo. Além dos cerca de 1,1 milhão de pessoas na linha da pobreza, há quase 170 mil cidadãos na extrema pobreza, tendo que se virar com um pouco mais de R$ 200 por mês.
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À reportagem, a secretária de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social, Cyntia Figueira Grillo, afirmou que é necessário ampliar o alcance dos programas sociais e principalmente na qualificação profissional, para avançar na redução dos índices de vulnerabilidade da população.
"Aqui no Estado, por exemplo, temos uma prospecção para 2023 de melhoria de outras ações para além da transferência de renda. Estamos capacitando e qualificando o nosso público com foco nessas famílias que recebem benefícios de transferência de renda, temos o Qualificar ES, mas nós também temos a Aderes fazendo qualificação para o empreendedorismo. Temos outros benefícios que empregam, como a CNH Social, que é um benefício fantástico do Detran, que possibilita que as pessoas também tenham um emprego, mudando a sua categoria de condutor normal para profissional", explicou.
"Em 2020 teve a pandemia, com todos os impactos que resultaram no orçamento das famílias. O governo federal trouxe o Auxílio Emergencial justamente para assistir as famílias durante este período, principalmente as mais carentes. Em 2021 e 2022, tivemos o ciclo de alta na taxa de juros, que prejudicou o acesso ao crédito, provocando uma freada na atividade econômica. Apesar de todo esse cenário, a gente teve o Auxílio Brasil a nível nacional e também a reformulação da Bolsa Capixaba, que passou a contemplar pessoas que não estavam sendo atendidas pelo benefício nacional", disse Marcel Lima.
"O que muita gente espera para o futuro é que conforme a inflação comece a ficar sob controle, sobre espaço para o Banco Central reduzir a taxa de juros para reaquecer a economia, geral emprego, o que contribui bastante para a redução dos indicadores de pobreza no país e no estado do Espírito Santo também", destaca.
* Com informações do repórter Alex Pandini para a TV Vitória | RecordTV