Não houve registro de feridos após o ataque, que teria sido motivado pelo garimpo ilegal na região
Um grupo de indígenas atacou com arcos e flechas um posto militar na selva amazônica, no Sul da Venezuela. A informação foi confirmada por um alto comando das Forças Armadas, que vinculou o evento a acampamentos de garimpo ilegal.
O ataque contra os militares, sem registro de feridos, ocorreu "em retaliação" à apreensão de "materiais contrabandeados" destinados a "acampamentos criminosos e estruturas de garimpo ilegal no Parque Nacional de Yapacana", na fronteira com a Colômbia e o Brasil, segundo o general Domingo Hernández Lárez, chefe do comando operacional estratégico das Forças Armadas, postou no Twitter.
Me llegó otro vídeo del momento del zarpe de los indígenas que se enfrentaron con arcos, flechas y lanzas contra la FANB en el río Orinoco, en "Santa Bárbara" municipio San Fernando de Atabapo en el Estado Amazonas. ,(Escuchen el final) pic.twitter.com/nnpiaVSpfN
— Jesús Medina Ezaine (@jesusmedinae) May 28, 2023
Hernández Lárez assegurou que os militares detiveram anteriormente "um cidadão indocumentado de nacionalidade colombiana" na localidade de Inírida, na Colômbia, quando transportava "material logístico contrabandeado num barco" no rio Orinoco, que atravessa o país.
Os autores do ataque, segundo o chefe militar, "não tiveram nada a ver com o caso", mas "foram contratados por grupos irregulares colombianos".
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Mais tarde, na noite de domingo, o comandante militar informou a prisão de cinco "cidadãos de nacionalidade colombiana" em Yapacana.
"O Parque Nacional Yapacana não estará sujeito à degradação e destruição por invasores arbitrários e ecocidas", alertou.
Um vídeo do ataque de sexta-feira, no qual se ouvem detonações, viralizou nas redes sociais no sábado, depois de divulgado pelo fotojornalista Jesús Medina Ezaine. Segundo o jornalista, os militares dispararam para o ar para dissuadir os agressores.