O jornal Washington Post e o site da ABC News, ambos dos Estados Unidos, e os jornais Clarín e La Nación, da Argentina, noticiaram o crime
O assassinato de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada desta quinta-feira (5), repercutiu na imprensa internacional. O jornal Washington Post e o site da ABC News, ambos dos Estados Unidos, e os jornais Clarín e La Nación, da Argentina, noticiaram o fato nesta manhã.
Durante a madrugada, Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim foram executados a tiros enquanto confraternizavam em um quiosque na Praia da Barra. Um quarto médico foi atingido e está internado, o quadro de saúde estável.
Diego Bomfim é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), o que gerou suspeitas a respeito de uma possível execução por motivos políticos. A suspeita foi destacada pelo jornal Washington Post, que frisou que o caso ocorreu em uma área nobre da cidade.
O jornal citou ainda que o caso deve inflamar o debate sobre segurança pública no país. A matéria destaca o parentesco de Diego com Sâmia e chama atenção para o fato de que a parlamentar vinha sendo alvo de ameaças: "O cirurgião ortopédico era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim, uma política progressista que anunciou no ano passado ter recebido ameaças de morte."
O site da ABC também destacou a suspeita de que a execução possa ter motivação política. Assim como o Washington Post, a ABC relembrou o caso da ex-vereadora do PSOL, Marielle Franco, que foi executada em 2018.
O La Nación noticiou que os médicos foram executados "a sangue frio". O jornal menciona que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal intervenha para apurar se houve motivação política no caso.
A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso, mas até o momento não foram divulgadas informações sobre suspeitos e linhas de investigação. A deputada Sâmia Bomfim cobrou apuração do caso e afirmou que está "devastada".