Autoridades estão preocupadas, pois o verão está próximo e com ele chega o período de chuvas, típico da estação, que pode agravar ainda mais o problema
Ainda falta pouco mais de um mês para 2023 terminar, mas o ano já registrou um novo recorde de casos de dengue no Espírito Santo. Entre 1° de janeiro e 11 de novembro, o Estado contabilizou 183 mil notificações. Desse total, 120.806 casos e 91 mortes pela doença foram confirmados.
Os números superam 2013, com 83 mil casos e 36 mortes, e 2029, com 81 mil casos e 50 óbitos. No ano passado inteiro, foram cerca de 11 mil casos e 7 mortes.
Diante do cenário atual, as autoridades estão preocupadas. É que o verão está cada vez mais próximo e com ele chega o período de chuvas, típico da estação, que pode agravar ainda mais o problema.
"Nós nem começamos o verão e estamos com essa quantidade enorme de casos. Quando chega o verão, a proliferação do mosquito tende a ser mais rápido, o ciclo mais curto e aí a oportunidade que ele encontra com criadouros, com depósitos nos imóveis e em locais propícios, então, isso favorece também o aumento da proliferação, e aí consequentemente há um maior número de pessoas que pode ser infectado pela doença", alerta Orlei Cardoso, sub secretário estadual de Vigilância Sanitária.
"O agente de endemias não dá conta por si só, porque ele tem um ciclo, um período que ele passa no imóvel para visitar, mas o ciclo do mosquito é de sete dias. Então se cada um não fizer a parte dele bem feita, o agente por si só não vai dar conta. Então o que tem trazido essa situação de maior risco é que nós temos dado condições favoráveis para ele dentro das nossas casas", destacou Orlei.
A aposentada Rose Gomes adora plantas. Costuma passar parte dos seus dias cuidando de todas que têm em casa. Ela aduba os vasos, rega e o principal: toma os cuidados necessários para não deixar água empoçada.
"Antes eu colocava na água, né? Algumas plantas de água, por exemplo, a jiboia, eu tinha na água, a batata-doce, que você colocando na água brota e fica uma planta linda, para decoração de casa, sala, varanda. Quando começou o problema da dengue, eu optei mais por terra e areia", contou.
Em Vila Velha, são mais de 14 mil casos em 2023, com sete mortes. De acordo com a administração municipal, o combate ao mosquito foi intensificado com visitas em praias e feiras livres.
Já Vitória não divulgou os dados. Porém, além das ações de rotina, a prefeitura da afirmou usar drones para facilitar o mapeamento dos locais mais vulneráveis ao risco da doença.
*Com informações de Alex Pandini, repórter TV Vitória/Record