Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

"saidinhas"

Comissão de Segurança do Senado aprova projeto para proibir "saidinhas" de presos

As "saidinhas" ocorrem até cinco vezes por ano e não podem ultrapassar o período de sete dias. Texto agora vai para votação em plenário


Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou, em votação simbólica, nesta terça-feira (6), um projeto de lei que proíbe a "saidinha", benefício que permite a saída temporária de presos em datas comemorativas.

LEIA TAMBÉM: Universitário do ES queria contratar "sniper" para matar Lula; veja o que ele disse à PF

A pauta foi apresentada em consenso com os demais senadores. A matéria vai ao plenário.

A autorização é dada aos detentos que tenham cumprido ao menos um sexto da pena, no caso de primeira condenação, e um quarto, quando reincidentes. As "saidinhas" ocorrem até cinco vezes por ano e não podem ultrapassar o período de sete dias.

Presos de semiaberto e aberto

Na cerimônia de retorno das atividade do Congresso, realizada nesta segunda-feira (5), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou que a Casa daria atenção especial à pauta de segurança pública.

"Outro tema para o qual dedicaremos especial atenção será o da segurança pública", disse. "Pretendemos colaborar para a instituição de institutos penais modernos e eficientes, capazes de conciliar o combate efetivo à violência pública com a garantia aos direitos fundamentais."

Na sessão, não houve demais debates. Senadores discursaram em defesa da proposta.

"Não é populismo penal. Esse é um benefício que realmente tem trazido problemas na execução da pena, já que os presos são soltos aos bilhares e centenas, não voltam, e alguns cometem crimes", afirmou Sérgio Moro (União-PR). "Precisamos redimensionar o que está dando errado."

Flávio Bolsonaro é relator da proposta

Moro apresentou uma emenda ao relator da proposta, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para permitir o benefício aos presos de frequentar cursos supletivos profissionalizantes, ensino médio ou superior. A emenda foi acatada por Flávio.

Para o relator, as "saidinhas" colocam a população em risco. "Ao se permitir que presos ainda não reintegrados ao convívio social se beneficiem da saída temporária, o poder público coloca toda a população em risco", disse.

A sessão não contou com a presença de governistas. Jorge Kajuru (PSB-GO), vice-presidente da Comissão de Segurança Pública, foi o único representante presente.

A oposição, por outro lado, compareceu. Participaram da sessão o líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN) e até deputados da bancada da bala na Câmara, como Capitão Alden (PL-BA).

LEIA TAMBÉM: Artilheiro da Copa ES Sub-20 acerta com equipe dos Emirados Árabes

"A oposição veio maciçamente para a comissão. Significa o nosso comprometimento com a segurança pública. Isso para mim é muito importante, porque mostra a nossa unidade", disse Marinho.

O projeto que extingue o benefício da saída temporária dos presos, hoje permitida pela Lei de Execução Penal, foi aprovado pela Câmara dos Deputados em agosto de 2022.

O texto aprovado é o substitutivo do relator, o então deputado federal Capitão Derrite (PL-SP), atual secretário da Segurança Pública em São Paulo.

Folha Vitória

seguranca-publica saidinhas pl proibicao regionales

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!