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Aracruz ES

Servidor é indiciado por acidente fatal com idosos em Aracruz

O acidente aconteceu quando o casal voltava de sua casa de praia na Barra do Sahy, em Aracruz, região Norte do Estado


Foto: Divulgação/Sesp/Acervo pessoal

Um homem, de 24 anos, identificado como Yuri Souza Oliveira, servidor público na Serra, suspeito de provocar o acidente que matou o casal Lucia Maria Cerchi Maestrini, de 79 anos, e Alberto João Maestrini, de 83 anos, na madrugada de 8 de setembro, foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado com dolo eventual e embriaguez ao volante.

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O acidente aconteceu quando o casal voltava de sua casa de praia, na Barra do Sahy, em Aracruz, região Norte do Estado, em direção à cidade. O jovem seguia na mesma mão em que o carro dos idosos estava e o atingiu na parte traseira.

O casal de idosos estava em um automóvel modelo Celta e o suspeito em um Chevrolet Cruze. O carro do casal foi lançado para uma região de mata próxima à pista e o veículo do jovem seguiu por cerca de 900 metros a 1 quilômetro na pista, quando parou.

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Foto: reprodução/sesp

A testemunha relatou aos policiais que o carro do jovem estava "pingando fogo", antes de parar e ao atender ao motorista, notou que o suspeito apresentava claros sinais de embriaguez. Logo depois, o automóvel pegou fogo e se queimou por completo.

"Nessa hora o carro tinha parado, por não ter mais mecânica para continuar. A testemunha viu que o motorista estava ali dentro do carro meio desnorteado, tentando mexer no celular. A testemunha descreveu todos os sinais de embriaguez que ele poderia ter, e tirou ele do carro. Nas palavras da testemunha, se ele não tivesse retirado o motorista do carro, ele teria morrido queimado, porque logo depois o carro começou a pegar fogo", relatou.

Logo depois de ser retirado do carro, o motorista fugiu do local antes da chegada da polícia e da perícia. Ele se apresentou à delegacia no dia seguinte.

A polícia descartou essa possibilidade, uma vez que o acidente ocorreu por volta de 5h e não havia nenhum problema na pista, pois não havia chovido e nem havia neblina pelo local.

Servidor negou ter bebido

Ao se apresentar, o servidor negou ter consumido bebida alcoólica, mas confirmou ter passado a noite em uma festa na Barra do Sahy, onde estaria com uma amiga.

Apesar disso, segundo o delegado, havia evidências o suficiente para comprovar que o jovem havia consumido álcool, como duas garrafas de bebida no carro, além de uma caixa térmica no porta-malas.

"Temos provas o suficiente para demonstrar o contrário, porque ele tinha uma caixa térmica no porta-malas do veículo com gelo. Além de uma garrafa vazia de uísque, outra pela metade, que é uma bebida que embriaga rápido e mantém a embriaguez. No banco na frente a testemunha relatou que havia um copo Stanley, são muitos detalhes", afirmou.

Ao ser questionado sobre os objetos, o servidor relatou que eles pertenciam à amiga que estava com ele na festa, apresentou inclusive recibos de Pix com o nome da jovem.

Amiga do suspeito foi indiciada por falso testemunho

Além do suspeito, a amiga dele, que o acompanhava na festa também foi indiciada, mas pelo crime de falso testemunho. Isso porque, segundo o delegado, em depoimento, a jovem afirmou não ter visto o rapaz beber durante a festa.

Apesar disso, a jovem teria dormido no local da festa, não voltando para casa com o servidor, o que, segundo o delegado, acaba testemunhando contra o homem, pois mostra que ela não teria confiança o suficiente no estado de sobriedade dele para entrar em um veículo dirigido por ele.

Como explica Fanti, isso explica o indiciamento do suspeito por homicídio qualificado com dolo eventual.

"O dolo eventual acontece quando você assume o risco de causar algo. Ele não saiu de casa para matar ninguém, mas assumiu o risco de provocar um acidente ao beber. Ele poderia ter dormido na festa, poderia ter dormido no carro, poderia ter feito uma série de coisas para evitar esse caso, mas dirigiu. Ele também vai responder por embriaguez ao volante, porque os crimes são autônomos", explicou.

Ainda segundo Fanti, o próximo passo para a polícia, é conseguir a prisão do servidor.

Folha Vitória

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