País não possui vacinas contra a Covid-19, medicamentos antivirais ou capacidade de testagem em massa. Pessoas assistem a uma tela de TV mostrando o líder norte-coreano Kim Jong Un, em uma estação de trem em Seul, na Coreia do Sul.
A Coreia do Norte reportou oito novas mortes por "febre" nesta segunda-feira (noite de domingo, 15, no Brasil), depois de anunciar recentemente seus primeiros casos de Covid-19, enquanto mobiliza seus militares para resolver problemas de "fornecimento de medicamentos".
O líder Kim Jong Un ordenou que a comissão militar atuasse "para estabilizar imediatamente o fornecimento de medicamentos na cidade de Pyongyang envolvendo as poderosas forças do ramo médico do Exército Popular", informou a agência oficial de notícias KCNA.
Líder da Coreia do Norte descreve surto de Covid como "grande turbulência"
O surto, que segundo Kim causou "grandes distúrbios", atinge um país que não possui vacinas contra a Covid-19, medicamentos antivirais ou capacidade de testagem em massa.
De acordo com a KCNA, Kim afirmou que "as ordens não foram devidamente atendidas e os medicamentos não foram fornecidos às farmácias", no domingo durante uma reunião de emergência do escritório político nacional.
Ele indicou que as farmácias não cumpriram a ordem de funcionar durante 24 horas por dia.
Segundo a mídia estatal, 50 pessoas morreram, 1.213.550 sofrem de febre e pelo menos 564.860 estão sob tratamento médico.
A Coreia do Norte mantém um rígido bloqueio ao exterior para se defender do coronavírus desde o início da pandemia, embora especialistas tenham dito que, com a presença da variante ômicron na região, seria uma questão de tempo até que a Covid-19 se espalhasse pelo país.