O editor-chefe e âncora do Jornal Nacional, William Bonner, recebeu na sexta (3), na Filadélfia, nos Estados Unidos, o prêmio da Voice Foundation. Bonner foi homenageado pela contribuição ao longo de décadas para a comunicação.
O editor-chefe e âncora do Jornal Nacional, William Bonner, recebeu na sexta (3), na Filadélfia, nos Estados Unidos, o prêmio da Voice Foundation. Bonner foi homenageado pela contribuição ao longo de décadas para a comunicação.
O "boa noite" mais famoso do Brasil – reconhecido internacionalmente.
No discurso de agradecimento, Bonner lembrou que foi a sua voz, 40 anos atrás, ainda na faculdade, que mudou e norteou a carreira dele, levando-o a ser o jornalista que é hoje. E lembrou que, em tempos de redes sociais, que dividem as sociedades mundo afora, é preciso tolerância para que todas as vozes sejam ouvidas.
"Então, aqui e agora, expresso meu respeito e meus sinceros aplausos para todos vocês que produzem conhecimento científico para educar, melhorar e curar vozes. Muito obrigado", disse Bonner.
No telejornalismo, a voz é parte fundamental na transmissão correta de uma notícia. O tom, a ênfase e o timbre de cada frase transmitem, eles próprios, informações. E foi isso que fez William Bonner ser premiado.
"Esse é um momento em que a minha voz recebe uma homenagem, e eu divido essa homenagem com as vozes – que tentam calar – de todos os jornalistas, no Brasil e no mundo", afirmou Bonner.
A voz ou as vozes transportam muito mais do que palavras. Elas carregam emoções. Para o jornalismo, ela é um instrumento a serviço da informação. Para a música, a serviço da arte.
Mas até pouco tempo, não existia uma ciência sobre a voz. A The Voice Foundation mudou isso em 1969. Foi a primeira organização do mundo 100% dedicada à pesquisa, medicina, ciência e educação sobre a voz.
Mas também não adiantava desenvolver todo um conhecimento sobre a saúde da voz se ele ficasse restrito aos consultórios médicos. Por isso, todos os anos, desde 1973, a fundação organiza um baile de gala e homenageia profissionais que dependem da voz.
O presidente da fundação, Robert Sataloff, lembra que o primeiro premiado foi o jornalista Walter Cronkite.
Cronkite foi o âncora de telejornal americano de maior sucesso. Foi ele quem desenvolveu o jornal televisivo como conhecemos hoje. E ficou famoso por ser chamado de "o homem de maior credibilidade da América" nos anos 1960 e 1970.
Este ano, além do editor-chefe e âncora do Jornal Nacional, o primeiro brasileiro a ser premiado pela fundação, William Bonner, os homenageados foram o cantor barítono da Metropolitan Opera, Vladimir Chernov, e o cantor pop Jon Bon Jovi.
Para o Jornal Nacional, Jon Bon Jovi disse que agradecia aos médicos e profissionais da voz, que, afinal, é o seu ganha-pão e o seu grande amor.
A cerimônia aconteceu na cidade sede da Voice Foundation, Filadélfia, na Pensilvânia.
E para o Jornal Nacional, a homenagem e o reconhecimento à voz que lidera o principal telejornal do país, atrás e à frente das câmeras, há 26 anos.