Carrera GT foi comprado em 2004 por empresário do piloto, já que alemão só podia ser visto ao volante de carros da Ferrari
Pilotos de Fórmula 1 da atualidade gostam de ostentar suas coleções de carrões. Charles Leclerc e Lewis Hamilton são exemplos. O britânico inclusive já foi visto usando modelos de outras marcas que não a Mercedes, sua empregadora. Mas antigamente aparecer com veículos de outras marcas podia ser um problema.
Nada que o heptacampeão Michael Schumacher não pudesse contornar. Na época em que pilotava para a Ferrari, o alemão não podia ser visto rodando com carros de outras marcas. Porém, acabou usando "escondido" um Porsche Carrera GT durante alguns anos.
E essa unidade agora está à venda em uma loja especializada em modelos da Porsche na Alemanha. Procurada por Autoesporte, a loja informou que o modelo está disponível por 2,1 milhões de euros (cerca de R$ 11 milhões, na cotação do dia).
Como referência, alguns sites de venda de carros esportivos anunciam unidades de 2004 e 2005 por cifras que começam em US$ 1,5 milhão (R$ 7,7 milhões na conversão do dia) e chegam a US$ 2,6 milhões (R$ 13,4 milhões).
O Carrera GT é um dos mais lendários esportivos já feitos pela Porsche. O conversível é fruto de um projeto não executado de carro de corrida. Assim, tem grande parte da carroceria feita de plástico reforçado com fibra de carbono – tecnologia ainda rara atualmente.
Na traseira, nada de motor boxer. A Porsche recorreu a um motor V10 aspirado de 5.7 litros e 612 cv, disponíveis a altíssimas 8.000 rpm. O torque é de 60,2 kgfm a 5.500 giros. O câmbio é manual de seis marchas e praticamente não há auxílios eletrônicos como controles de tração ou estabilidade.
São necessários 3,9 segundos para ir de 0 a 100 km/h e cerca de 10s para cruzar a linha dos 200 km/h. A velocidade máxima é de 330 km/h. A produção foi de apenas 1.270 unidades, dado que reforça a importância do Carrera GT.
Todos esses números devem ter encantado Schumacher, que queria colocar as mãos no esportivo. Mas como o piloto fez para driblar a Ferrari?
O modelo foi encomendado na concessionária Porsche de Leipzig e trazia alguns opcionais. Entre eles, estão ar-condicionado, rádio, CD player e um conjunto de malas. A carroceria foi pintada de preto, bem como as rodas e o revestimento da cabine.
De lá pra cá, essa unidade rodou cerca de 14 mil km – estima-se metade deles ainda sob propriedade da empresa de Willi Weber. A Roock Sportsystem, loja que está vendendo o veículo afirma que tem documentos que provam que o piloto de fato dirigiu o Carrera GT. Um adesivo com o logotipo do alemão segue grudado acima do nome do exemplar.