Mais de 2,4 milhões de pessoas estão sem energia no estado
O furacão Ian caiu de categoria 1 para tempestade tropical, nesta quinta-feira (29), mas ainda deve produzir ventos fortes, chuvas fortes e tempestades em partes da Flórida, Geórgia e Carolina do Sul e Norte, conforme o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. A tempestade, com ventos máximos sustentados de 100 km/h, estava agora a cerca de 55 km a sudoeste de Cabo Canaveral, disse o meteorologista de Miami.
Um alerta de maré de tempestade está em vigor para o rio St. Johns, no nordeste da Flórida, bem como para áreas que se estendem da linha do condado de Flagler-Volusia, ao norte, até o rio South Santee, na Carolina do Sul. Partes da Costa do Golfo também permanecem sob ameaça de maré de tempestade.
Diante do fenômeno, mais de 2,4 milhões de pessoas estão sem energia na Flórida, de acordo com o PowerOutage.us. Na região sudoeste mais atingida, dez condados relataram que mais de 50% dos clientes rastreados estavam sem energia. Mais oito condados no sudoeste, centro e nordeste da Flórida relataram que mais de 10 mil clientes não contavam com o serviço.
O furacão Ian chegou oficialmente à terra firme, pela costa sudoeste da Flórida, por volta das 16h05 pelo horário de Brasília, com ventos próximos a 241 km/h — uma tempestade de categoria 4.
Posteriormente caiu para categoria 3, com ventos máximos sustentados de 201 km/h. Por volta de 23h de Brasília, chegou a categoria 2 com ventos máximos de 168 km/h.
Todos os voos pelo Aeroporto Internacional de Jacksonville foram cancelados e o terminais de embarque foram fechados devido às restrições pelo tempo.
Jacksonville se juntou ao Aeroporto Internacional de Orlando e ao Aeroporto Internacional de Tampa.
O aeroporto de Tampa anunciou que nenhum voo partiria da pista de pouso na quinta-feira e não forneceu uma data de reabertura. Já Orlando informou que suas operações comerciais "devem ser retomadas na sexta-feira (30)".
O telhado de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital em Port Charlotte, na Flórida, foi arrancado pela tempestade, segundo comunicou a Dr. Birgit Bodine, especialista em medicina interna da instalação, a Anderson Cooper, da CNN.
"Infelizmente, hoje tivemos cerca de 160 pacientes internos e nosso telhado estourou, parte do telhado acima da UTI. Então, é claro, tivemos chuvas torrenciais que desceram pelas escadas, que depois seguiram para outros andares", explicou Bodine.
A equipe trabalhou em conjunto para transferir os pacientes para um local seguro, mas ainda não podem evacuar por causa das condições externas, disse o médico. Alguns quartos que são construídos para duas pessoas, agora abrigam três e quatro pacientes. Eles esperam poder fazer as transferências pela manhã.
Enquanto o ar condicionado não está funcionando, o hospital está utilizando geradores de reserva. Todos os outros sistemas vitais estão disponíveis.
Geórgia, Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virgínia estão em estado de emergência em antecipação ao furacão Ian.
O governador da Geórgia, Brian Kemp, emitiu o estado de emergência na terça-feira e os governadores dos outros três estados divulgaram declarações na quarta-feira. Com as emissões, as unidades podem implantar recursos para se preparar para possíveis condições climáticas severas nos próximos dias.
"O furacão Ian é uma tempestade grande e poderosa, e as previsões atuais indicam que pode impactar partes da Virgínia no final desta semana até o início da próxima semana", comunicou o governador da Virgínia, Glenn Youngkin.
"Queremos garantir que nossas comunidades tenham os recursos necessários para responder e se recuperar de quaisquer efeitos potenciais da tempestade", continuou.
Na Carolina do Norte e na Geórgia, as ordens executivas também proíbem a manipulação de preços.
"Embora ainda não saibamos exatamente como essa tempestade afetará nosso estado, está claro que este será um evento de chuva significativo para grande parte da Carolina do Norte e agora é a hora de as pessoas se prepararem", explicou o governador da Carolina do Norte, Roy Cooper.
O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, pediu aos moradores que "façam planos para todas as contingências e estejam preparados".
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