Na mesma sessão, realizada nesta quarta-feira, os parlamentares também aprovaram 13º salário e tíquete-alimentação para eles mesmos
Em sessão extraordinária realizada na manhã desta quarta-feira (04), a Câmara de Vereadores de Colatina votou e aprovou um pacote de benesses para os parlamentares da Casa, que devem ser colocadas em prática a partir da legislatura que começa em 2025.
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As medidas vão de aumento de 90% no salário a férias remuneradas acrescidas de um terço dos vencimentos, passando, também, por 13º salário e concessão de tíquete-alimentação aos parlamentares (única proposta que começa a valer a partir deste ano). Todas as matérias são de autoria da Mesa Diretora da Casa.
No caso do aumento dos vencimentos dos vereadores, o projeto ainda precisa ser apreciado pelo prefeito da cidade, Guerino Balestrassi (PSC), que pode sancionar ou vetar a medida.
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O vereador que se tornar presidente do Legislativo receberá R$ 9.000,00. Atualmente, o valor pago para quem preside a Câmara é avaliado em R$ 5.494,81.
- Já o Projeto de Lei 001/2023 assegura aos vereadores o recebimento de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3 (um terço) a serem pagas no mês de dezembro do ano correspondente.
- Também aprovado à unanimidade de votos o Projeto de Lei 005/2023 que concede aos vereadores da legislatura que começa em 2025 o direito ao 13º salário, pago sempre no mês de dezembro do ano correspondente.
O impacto financeiro da concessão de reajuste, férias e 13º aos vereadores deve ficar na casa dos R$ 2.113.749,00 por ano, segundo o texto das propostas.
Em conversa com a reportagem, o vice-presidente da Câmara, Olmir Fernando de Araújo (Avante), confirmou que todos os projetos que beneficiam os vereadores da legislatura que começa a valer em 2025 foram aprovados por unanimidade de votos.
Ao comentar especificamente sobre o aumento no salário, o vereador, que faz do Legislativo desde 2001, afirmou que os vencimentos dos parlamentares não são reajustados há mais de uma década.
"Se não me engano, estamos há mais ou menos 15 anos sem ter reajuste de salário. Se observarmos, tem cidade com população menor em que os vereadores tem salários maiores que o nosso", afirmou.
Quanto ao tíquete-alimentação, o parlamentar disse se tratar de algo garantido constitucionalmente. "É um direito de todo trabalhador", resumiu.
O presidente da Câmara, Felippe Coutinho Martins (PP), o Tedinha, também foi procurado para comentar a aprovação dos projetos. Assim que houver retorno, este texto será atualizado.
Adinilcio Pintos da Silva (PSB): a favor
Angelo Stelzer Neto (União Brasil): contra
Claudinei Costa Santos (PSB): a favor
Dario Rudio Junior (MDB): a favor
Geferson Israel Alves (SD): a favor
Jolimar Barbosa da Silva (PL): a favor
Juarez Vieira de Paula (Podemos): contra
Kecia Nascimento Bassetti Gregorio (PDT): a favor
Miguel Angelo Guinzani Chieppe (Republicanos): a favor
Olmir Fernando de Araújo Castiglioni (Avante): a favor
Wanderson Rodrigues (SD): a favor
A matéria foi de autoria da Mesa Diretora da Casa, e recebeu voto favorável de 15 dos 17 parlamentares que compõem o Legislativo canela-verde.
Com a aprovação do texto, os vencimentos dos vereadores na próxima legislatura saem dos atuais R$ 7.430,00 para R$ 15.193,35, o que representa mais que o dobro do que é recebido atualmente pelos parlamentares. O impacto nos cofres públicos pode ser de mais de R$ 3 milhões por ano.
Conforme a proposta, o subsídio mensal estabelecido pelo projeto será atualizado na mesma data e pelo mesmo índice aplicável à revisão geral dos vencimentos e salários dos servidores públicos municipais.
Para votarem e aprovarem o aumento em seus próprios salários, os vereadores da Câmara alegam, na justificativa do projeto, que seus salários estão congelados no valor pago atualmente desde 2009.
Em 5 de dezembro do ano passado, a Câmara de Vereadores da Serra aprovou, em segundo turno, o projeto de lei que aumenta o número de parlamentares na Casa a partir da legislatura que começa em 2025. Na mesma ocasião, também foi aprovado reajuste nos vencimentos dos parlamentares.